Cláudio Castro comanda primeira reunião do Grupo de Trabalho criado para avaliar os impactos no Rio de Janeiro do tarifaço dos Estados Unidos

Estado deverá ter uma posição oficial sobre a medida em 10 dias



O governador Cláudio Castro comandou, nesta terça-feira (22), a primeira reunião do Grupo de Trabalho criado para avaliar os impactos na economia fluminense em função das taxas de exportação de 50% anunciadas pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil. No encontro, que contou com a participação das secretarias de Estado que compõem o GT, e de entidades representativas do setor produtivo, como a Firjan, Fecomércio e Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), ficou definido que em 10 dias o Estado do Rio terá uma posição oficial.

Para consolidar um posicionamento, com sugestões que atenuem os impactos do chamado “tarifaço”, o grupo se reunirá ao longo dos próximos dias. Serão analisados e apontados os setores mais afetados, bem como as medidas que ajudarão a proteger a economia estadual e, sobretudo, a população fluminense.

“Nosso compromisso é construir uma defesa sólida, tanto técnica quanto política, dos interesses do Estado do Rio de Janeiro. O Grupo de Trabalho reunirá representantes de diversos setores produtivos, sem viés ideológico e com alto grau de tecnicidade, para avaliar de forma pragmática os impactos da nova tarifa. Nosso objetivo é demonstrar com clareza os prejuízos que essa medida pode causar à economia fluminense e, consequentemente, à nossa população”, declarou o governador Cláudio Castro.

O Rio de Janeiro é o segundo maior estado exportador para os EUA, especialmente petróleo refinado e semimanufaturados de ferro e aço. Somente em 2024, foram US$ 7,4 bilhões (de dólares) em produtos vendidos para aquele país. E, no primeiro semestre de 2025, foram US$ 3,2 bilhões.

Instituído por decreto publicado no Diário Oficial na última quarta-feira (16.7), o GT é presidido pela Secretaria da Casa Civil e composto pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; Energia e Economia do Mar; do Gabinete do Governador; Planejamento e Gestão; e Fazenda.

“A criação deste grupo nos dá a oportunidade de criar mecanismos de diversificação das nossas exportações, com menor dependência de mercados já consolidados, como é o caso dos EUA. Mesmo que essa tarifa venha a ser revogada, fica para nós o alerta de que não podemos ficar dependentes de uma nação”, destacou o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Fernanda Curdi, afirmou que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pode gerar impactos sobre a economia fluminense, especialmente em setores com forte vocação exportadora como o siderúrgico. E ressaltou ainda que a criação do GT, por determinação do governador Cláudio Castro, garantirá mais agilidade do Estado do Rio na mitigação de efeitos provocados pela medida.

“O Estado do Rio tem importantes cadeias produtivas com presença no mercado internacional, e medidas dessa natureza exigem uma análise criteriosa. Vamos ouvir o setor produtivo e articular soluções para minimizar possíveis impactos e preservar a competitividade das empresas fluminenses e os empregos gerados”, disse a secretária.

Presidente da Firjan, Luiz Caetano ponderou que, mesmo com incertezas sobre a aplicação da nova tarifa, o Governo do Estado e o setor produtivo estão se antecipando para proteger a economia do Rio de Janeiro.

Participaram da reunião o presidente da Firjan, Luiz Caetano; o presidente da Fecomércio, Antônio Queiroz; o presidente da ACRJ, Josier Vilar; o líder do governo na Alerj, deputado Rodrigo Amorim, entre outros. Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro

Imagem: Ernesto Carriço


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