Imprensa Trirriense - 122 anos de vida ininterrupta

Entre-Rios Jornal - Saga de 86 anos

Ao ensejo da marca dos 86 anos de fundação do Entre-Rios Jornal é de imperativo registro passo a passo da sua longa caminhada, investigando a sua gênese, o motor altruístico que moveu seus fundadores, seu caminhar firme, seus percalços, seu irrestrito envolvimento com o povo que prometeu representar e sua irrefutável posição de pilar da cultura de Três Rios.

Num alegórico olhar sobre a extensão regional não se colhe em outro município veículo de imprensa de longevidade tamanha, que bem soube acompanhar o cotidiano da terra, testemunha ocular dos multifacetados momentos políticos entrerriense/trirriense, voz enérgica e vibrante para a conquista da emancipação político -administrativa do antigo distrito de quem herdou o nome, atento arauto dos acontecimentos sociais, culturais, esportivos, assistenciais e toda uma gama que bem viesse traduzir em letras o seu dia a dia.

Por tamanha saga e por tamanhos empenhos o Entre-Rios Jornal, por justiça, ocupa lugar indelével na galeria do patrimônio histórico e cultural trirriense.

No iniciado ano de 2021, colhe Três Rios o gáudio de comemorar a rara efeméride de cento e vinte e dois anos de imprensa ininterrupta, extensão centenária onde tiveram vida trinta e tantos periódicos na faina da notícia, contudo, deles, entre glórias e tropeços, apenas sobreviveu valentemente o Entre-Rios Jornal, não obstante as terríveis tempestades que mormente castigam a imprensa interiorana.

Nas brumas do tempo está o ano de 1899 que trouxe o primeiro jornal entrerriense, o Entre-Rios, editado por Alfredo Dutra e que teve vida por quase três anos. 

Na sequência dos jornais de Três Rios muitos outros vieram, uns com existência longa, outros de existência média, outros meteóricos e dentre eles galga o Entre-Rios Jornal o inédito laurel do hebdomadário - evoluído a diário – de maior tradição no jornalismo trirriense, que bem soube cumprir o compromisso de arauto da terra que viu nascer e crescer.

Por tamanhos feitos e conquistas vale a pena conhecer a sua história.


Primeira fase

Em formato tablóide iniciou a sua publicação no dia 17 de janeiro de 1935, em formato tablóide.

Seus fundadores, egressos da Tipografia Bravo, foram Waldemar Fahndrich (1890 -1979), Antônio Rodrigues Coutinho Júnior(1912 -1982) - os seus redatores - e Alberto Gomes Fahndrich (1917 -1982), filho de Waldemar, o seu gerente. Para a sua fundação recebeu o apoio de Izaltino Antônio da Silveira (1877 -1962), chefe da firma Silveira e Cia. , e de seu filho João Pedro da Silveira (1908 -1980).

Na apresentação do jornal seus fundadores traçavam um plano de ação que prometia defender a causa pública, estimular o progresso, as artes, os cometimentos de interesse comunitário e tratar assuntos políticos sem vínculos partidários com independência de ação e para que isso fosse possível era mantido por meio de assinaturas e anúncios.

Waldemar Fahndrich chegara a Entre-Rios nos idos de 1929, com mulher e filhos, e logo foi trabalhar na Gráfica Bravo, onde se editava o Arealense, desde 1924.

A sua chegada representou uma injeção de sangue novo no jornalismo entrerriense. Trazia o seu talento de homem de imprensa e uma bagagem de vários jornais fundados em sua plena mocidade: O Imparcial -em Juiz de Fora -e A Faísca -em Petrópolis -ambos de 1915.

Fundou em Lavras O Guarany, em 1917, e o Diário da Manhã, em 1919. Além dessa reconhecida vocação ao jornalismo trazia, também, a sua grande experiência no universo gráfico daqueles tempos. Por tal currículo é irrefutável que o Entre-Rios Jornal foi fundado por um homem com grande trânsito e conhecimento da imprensa interiorana.

Em junho de 1935 esse periódico foi transferido, graciosamente e sem débitos, para a firma Silveira e Cia. , a partir de então sob a direção de Izaltino Silveira e com a colaboração de seu filho João Pedro. 

Essa transferência foi motivada pela discordância do seu fundador Waldemar Fahndrich às exigências do governo federal com objetivos de ingerência na imprensa brasileira, somado à dificuldade financeira em mantê-lo. Embora o controle do jornal tivesse sido transferido, seus fundadores continuaram participando dele como redatores colaboradores.


Segunda fase

Em sua segunda fase a nova direção adquiriu do major João da Costa Ribas o acervo da Tipografia Comércio, de Paraíba do Sul. Assim, a partir de 22 de junho de 1935 o jornal passou a ser editado em formato maior e com essa nova roupagem perdeu, a 21 de janeiro de 1936, o seu redator -fundador Antônio Rodrigues Coutinho Júnior.

Em 1943 foi a vez da saída do seu fundador Waldemar Fahndrich motivada pelo convite da nova direção da Tribuna de Petrópolis a participar daquele órgão de imprensa onde, pelo reconhecimento da sua experiência gráfica e jornalística, foi chefiar as oficinas daquele jornal que inaugurava uma fase revolucionária na imprensa interiorana abandonando os antigos métodos manuais e passando a fazer a sua impressão mecanicamente.

Em 1936, em plena efervescência da campanha emancipacionista, o periódico ficou com o ônus de apoiar a candidatura do dr. Walter Francklin à Prefeitura de Paraíba do Sul nas eleições municipais de 5 de junho daquele ano, pois, já então, acontecera uma cisão no movimento autonomista e o jornal Arealense representava outra facção daquele momento político.

Essa crise política do movimento de emancipação foi bem divulgada pelo próprio Entre-Rios Jornal, recordada e confirmada em interessante entrevista que o grande autonomista Virgílio Torno concedeu à revista Boa Vista Notícias, na edição de novembro/dezembro de 1963 e, mais tarde, o jornal O Cartaz, de 21 a 27 de outubro de 1978, em seu Caderno de Cultura, reviveu essa posição assumida pelo Entre-Rios Jornal.

A campanha separatista, que a cada dia se mostrava mais próxima da vitória, motivou uma agressiva reação de antiautonomistas com força na política estadual e que chegaram a conquistar o apoio do clero e o silêncio de jornais.

O Entre-Rios Jornal reagiu bravamente a essa investida intensificando seu clamor à necessidade do distrito conseguir a sua emancipação.

Abriu as suas páginas para artigos inflamados de líderes do movimento, entre eles Walter Francklin e Bernardo Bello - esse já deputado estadual eleito em 1934 -além dos seus diretores que contra - atacavam com matérias de teores veementes que arrebanhavam mais e mais simpatizantes à criação do município de Entre -Rios.

Acontecida a vitória do dr. Walter Francklin, em 1936, o jornal teve a responsabilidade de dar apoio ao novo prefeito de Paraíba do Sul -morador no distrito de Entre-Rios -e continuar oferecendo forte sustentação ao ideal separatista que entrava em sua fase mais dinâmica, não apenas por colocar à frente do executivo sul-paraibano aquela grande liderança autonomista, mas também pelo fato do distrito ter feito maioria na Câmara Municipal de Paraíba do Sul, elegendo oito vereadores.

Conquistada a emancipação - a 14 de dezembro de 1938 -e com a conseqüente instalação do novo município -a 1º de janeiro de 1939 - João Pedro da Silveira foi nomeado secretário do primeiro prefeito interventor de Entre -Rios, dr. Walter Francklin, e acumulou essa função com de diretor do jornal agora, com o afastamento de seu pai, totalmente sob a sua responsabilidade.

Com o fim do jornal Arealense - a 14 de janeiro de 1939 -o Entre-Rios Jornal adquiriu o monopólio da imprensa entrerriense, constituindo -se no grande arauto dos acontecimentos do município e, inclusive, serviu de imprensa oficial por muitos anos dos atos do executivo e a partir de 1947 dos atos do poder legislativo.

Em outubro de 1947 o diretor do periódico, João Pedro da Silveira, iniciou sua trajetória política eleito vereador para a primeira composição da Câmara Municipal de Três Rios.

No cumprimento do mandato eletivo continuou à frente do jornal, permanência estendida aos tempos em que foi por duas vezes nomeado prefeito interventor de Três Rios (de 12 de fevereiro a 18 de outubro de 1946 e de 11 de fevereiro a 6 de agosto de 1947) tal quando prefeito eleito do mesmo município (de 1951 a 1955) e pelas duas vezes em que cumpriu mandato de deputado estadual (de 1958 a 1962 e de 1963 a 1966).

Durante o grande período da vida política do seu diretor o jornal defendeu a sigla partidária do Partido Social Democrático (PSD).

João Pedro da Silveira teve a sua atividade jornalística ligada unicamente ao seu jornal, onde por quase 40 anos o manteve redigindo, não poucas vezes, sozinho todas as seções do então semanário.

O último dos fundadores que permaneceu no jornal foi Alberto Gomes Fahndrich que, de redator literário e esportivo na segunda fase do periódico, passou a chefiar os trabalhos da Tipografia Silveira e a supervisionar a confecção do jornal, secretariando -o efetivamente em toda a linha, além de ser, também, seu paginador e compositor manual.

É digno de registro que a partir de 12 de setembro de 1957 o jornal fundou o Entre Rios Jornal Esportivo aproveitando -se do excelente momento dos esportes em Três Rios. Nesse jornal notabilizaram -se, entre outros, o Prof. Borocochô (pseudônimo usado pelo professor Antônio Rodrigues Coutinho Júnior) e P. Nalty (pseudônimo do jovem jornalista João Batista Teixeira Filho (1936 -1993), que travaram em suas colunas um duelo clássico, criativo, elegante, mordaz e com fino humor, defendendo as suas cores esportivas. O Entre-Rios Jornal Esportivo circulou até 12 de maio de 1960.

Após trabalhar como empregado até março de 1955, Alberto Gomes Fahndrich adquiriu o acervo da Tipografia Silveira fundando assim a Gráfica Três Rios, onde o jornal passou a ser editado e do qual continuou como redator -secretário e colaborador.

Em 1961 Fahndrich introduziu grande inovação na arte gráfica da região quando adquiriu para a sua gráfica a primeira linotipo do sudoeste do Estado do Rio de Janeiro e com essa aquisição, a partir do seu nº 1372, de 20 de maio de 1961, o Entre-Rios Jornal passou a ser impresso em composição mecânica, o que muito melhorou a sua apresentação gráfica.

Muitos foram os colaboradores do jornal nessa fase, além dos já citados:Antônio Villela de Carvalho Júnior (1888 -1974), o dr. Waldemar Teixeira de Moraes (1909 -1941) -que na maioria dos textos usava o pseudônimo Walmo -Ramiro Gama, dr. Cristóvão Cláudio da Silveira, o historiador Hugo José Kling ( 1899 -1979), dr. José Ribamar de Souza Carvalho, dr. Milbert Macau, Djalma Bastos -o Bastos Leão( 1912 -1976), a poetisa Márcia Valyna, Izabel Marques de Pádua Daud, entre outros não citados e que ajudaram a formar uma plêiade de grandes colaboradores.

Foi nesse jornal que a autora destas linhas colaborou por dois anos - em 1964 e 1965 - com crônicas rabiscadas ao sabor e ímpeto dos arroubos da sua adolescência.

Ao meio de abundantes produções de profunda qualidade dos grandes colaboradores daqueles tempos, as colaborações desta autora foram apenas crônicas barrocas e menores, publicadas sob a indisfarçável complacência do diretor e do redator, à guisa de incentivo à nova geração que se aventurava às letras.

Ficou, todavia, daqueles tempos um grande lucro pessoal não apenas corporificado pelo benefício da tolerada iniciação na imprensa interiorana mas, sobretudo, pelo contato e pelo convívio na redação com figuras do mais alto quilate da imprensa trirriense.

A segunda fase do jornal teve fim no dia 31 de dezembro de 1974, na sua edição nº 2049, quando seu diretor já contava com a colaboração do seu filho Fernando Silveira.

Uma das principais causas do seu encerramento foi a falta de colaboradores que se dispusessem a escrever graciosamente como fora feito até l971, conforme João Pedro da Silveira confessou em carta datada de 27 de dezembro de 1974 e enviada a Alberto Gomes Fahndrich, além das onerosas condições de manutenção de um jornal de interior.

Na sua segunda fase o jornal foi mantido em seus déficits pelos proprietários e diretores, uma vez confeccionado com a colaboração gratuita de seus redatores internos, além da valiosa equipe de colaboradores, conforme escreveu João Pedro da Silveira, em 1978, num artigo de sua autoria para o jornal O Cartaz.

Essa falta de colaboração chegou a um ponto tão crucial que provocou uma irregularidade funcional em sua circulação, que só não teve maiores conseqüências porque o Entre-Rios Jornal estava ligado sentimentalmente à cúpula da Gráfica Três Rios, em cujas oficinas era editado.

Essa irregularidade funcional pode ser explicada nas ocasiões em que o paginador, funcionário daquela gráfica, costumava completar as páginas do tradicional órgão de imprensa com algumas matérias destinadas ao jornal O Cartaz, já circulando desde 1971.


Terceira fase

Quando se completavam onze anos da paralisação do jornal os direitos da sua exploração foram vendidos a Jorge Thomé ( 1912 -1996 )que iniciou a sua terceira fase a 14 de dezembro de 1985, com circulação diária, de terças -feiras aos sábados, tendo a sua redação e oficinas localizadas na rua 15 de novembro, 173 e editado em linotipia na Editora Além Paraíba Ltda. , no mesmo endereço.

Pela ocasião do lançamento dessa nova fase do jornal o seu proprietário declarou:"Estamos conscientes da nossa responsabilidade e de nossos deveres e funções. Procuraremos fazer o melhor no difícil e estafante mister de informar, divulgar, opinar, esclarecer.

O Entre-Rios Jornal quer ser uma tribuna livre para quantos queiram abordar, dentro da ética e do respeito, os problemas que afligem o Município e os que carecem de soluções viáveis e honestas”.

Logo após o início dessa terceira fase o jornalista Luíz Mário Cordeiro Muniz foi reforçar a equipe do jornal como seu editor. Trazia grande bagagem da arte gráfica, onde iniciou no final da década de 40 na Gráfica Império Ltda. , de Paraíba do Sul, depois nas oficinas do jornal O Liberal, onde iniciou na redação jornalística.

Aumentara ainda mais o seu currículo na imprensa trirriense com suas colaborações ao Entre-Rios Jornal, na sua segunda fase, e a sua presença no O Cartaz, do qual participou desde a sua fundação até o seu desaparecimento, responsável pela sua sessão esportiva e mais tarde também assinando artigos de assuntos variados.

A partir de 1994 o periódico deixou de ser impresso em linotipia para passar a ter a sua impressão em fotolitos feitos sob o sistema offset, na Tribuna de Petrópolis e em julho de 1999 apresentou o novo formato standard .

Nessa nova fase do jornal, e sob a supervisão de Luiz Mário Cordeiro Muniz, contou, entre outros, com os seguintes colaboradores:Marocas (Maria José Dottori Maciel), Fernando Ferreira de Oliveira, Mário Thomé, João Batista Teixeira Filho, Izabel Marques de Pádua Daud, Odete Lopes, Pedro Octávio Quintela, Aluísio Rezende, Manoel Tarcísio Ferreira da Silva, Maria Marques Maranhão, Walfrides Lobo, Genésio Gomes, Selmarino Luis dos Santos, Irene Lopes Guimarães, dr. Antônio Maximiano de Oliveira, dr. Enéas Zandomênico, Humberto Fiorelli e novamente com a colaboração desta autora, agora assinando matérias voltadas para assuntos locais, principalmente de enfoque à história da região.

Em 1996, com o falecimento do seu diretor Jorge Thomé, a direção do jornal passou para o seu filho Laer Simião Thomé (o Tininho) que manteve a mesma linha jornalística do pai e que continuou contando com a mesma equipe de redação e muitos dos colaboradores citados.

Ao final dos anos 90 introduziu em sua equipe jovens jornalistas habilitados à função por faculdades de comunicação, contudo, ao início dos anos 2000 abandonou essa inovação para continuar somente com a sua equipe tradicional.

Em sua terceira fase o jornal ampliou o seu raio de circulação tornando -se um veículo de comunicação regional e servindo de informativo oficial dos atos dos poderes executivo e legislativo de Três Rios e de municípios próximos. Fiel à sua criação em 1935, veio confirmar as suas tradições de compromisso com a informação, com a divulgação, opinião e esclarecimento.


Quarta fase

A 14 de dezembro de 2002 circulou pela última vez sob o controle de Laer Simião Thomé, que o vendeu a novo grupo que, a 17 de dezembro do mesmo ano inaugurou a sua quarta fase, com redação, administração e departamento comercial na rua da Maçonaria, 61, tendo como presidente e diretor -responsável Leandro Bazyli Holak e continuando a ser impresso pela Tribuna de Petrópolis. Pouco depois a nova direção passou a imprimi -lo em seu próprio endereço.

A sua circulação continuou diária, das terças aos sábados nos municípios de Três Rios, Paraíba do Sul, Areal, Comendador Levy Gasparian, Sapucaia, Vassouras, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Paracambi, Mendes e Engenheiro Paulo de Frontin, e manteve -se como a imprensa oficial de muitos destes municípios.

Logo após o início da sua quarta fase, o Entre-Rios Jornal fez uma modificação em sua direção tendo agora José Rubem Pontes de Souza como diretor -presidente e Leandro Bazyli Holak seu diretor -administrativo. Mais tarde Cicemar Lapa passou a ser seu diretor de redação.

Em seu nº 4157, de 18 de janeiro de 2003, apresentou a sua equipe de redação: Fernando Ferreira, diagramador; Sidnei Silva e Cláudia Trombini, repórteres; Jorge Barbosa (Careca), fotógrafo; Leandro L. Silveira, entre outros.

Em maio de 2004 o Entre-Rios Jornal transferiu sua redação e oficinas em amplas instalações localizadas à rua Padre Conrado, 67, onde ainda está atualmente.

Sebastião Manso era, na época, seu diretor-administrativo e José Rubem Pontes de Souza (o Rubinho) seu diretor -presidente.

Em 2010, após o falecimento de seu diretor-presidente, José Rubem Pontes de Souza, em 30 de outubro de 2010, o jornal passou a ter á frente o empresário José Romildo Pontes de Souza, irmão de Rubinho, que assumiu a direção deste veículo de comunicação até os dias atuais.

A redação é comandada por Fernando Ferreira de Oliveira, que trabalha no jornal desde 19 de março de 1990, tendo ainda atualmente na equipe, os jovens estudantes de jornalismo Raí de Castro, Patryck Leal e Isabela Barros, além do designer gráfico Evandro Lopes.

Na administração estão Camila Lapa, sobrinha do saudoso Cicemar Lapa, ex-editor do periódico, e Sônia Lima.

O jornal ampliou sua atuação, além do impresso, para as redes sociais (Facebook, Instagram e Tweeter), além de ter um canal de notícias diárias no YouTube, denominado Entre-Rios Play.

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Da iniciativa da fundação do Entre-Rios Jornal - por Waldemar Fahndrich, por seu filho Alberto e por Antônio Rodrigues Coutinho Júnior - até os dias de hoje, o município cresceu, mudou de nome, fez -se respeitado como pólo de região.

Em sua trajetória de 70 anos testemunhou acontecimentos maiores e acontecimentos menores, episódios alegres e episódios tristes, criou polêmicas e pacificou crises, contudo ao meio dessa variação da emoção da notícia bem soube cumprir a sua faina da informação, da divulgação, da opinião e do esclarecimento, tal qual a tradicional filosofia assumida de bom arauto da vida trirriense

Grande parte de quase quarenta anos das edições do jornal foram colecionadas e mandadas encadernar pelo jornalista Alberto Gomes Fahndrich, que num ato de extremo desvelo à cultura local ofereceu os volumes, ano a ano, à Biblioteca Municipal Castro Alves, todavia, na preocupação de maior preservação da memória jornalística de Três Rios, o seu Conselho de Cultura requereu a guarda de tão valioso patrimônio histórico e cultural, que hoje se acha integrado ao acervo do Arquivo Histórico Municipal, na Casa de Cultura, à disposição de todos aqueles que se interessem pelos fatos que essa cultura jornalística trirriense preservou para o nosso conhecimento.

Texto de Ezilma Teixeira, reeditado e atualizado pela Redação em junho de 2021

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