Especialista fala sobre sinais, prevenção e cuidados com a pele para combater a doença

O sol está de volta e é preciso ter atenção! O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil e no mundo. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no país, com cerca de 185 mil novos casos registrados anualmente.
A doença é causada pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele e pode ser classificada em dois principais tipos: o câncer de pele não melanoma e o melanoma. O mais comum e menos agressivo é o não melanoma, classificado em carcinomas basocelulares e espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Já o melanoma registra 8,4 mil casos anualmente, sendo considerado o mais agressivo e letal, por causar metástases.
Sinais de alerta e população mais suscetível
“O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Observar a pele regularmente e procurar um médico especializado diante de qualquer alteração é essencial”, afirma Fernanda Schanuel, fisioterapeuta dermato-funcional e professora da Estácio.
Pessoas com pele clara, sardas, cabelos ou olhos claros têm maior risco de desenvolver a doença. Entretanto, mesmo indivíduos com fototipos mais altos, como V e VI, também podem ser acometidos, embora de forma mais rara. O histórico familiar também é um fator importante, especialmente para o melanoma.
Prevenção é a melhor estratégia
A exposição excessiva ao sol é o principal agente causador do câncer de pele. Para preveni-lo, é importante adotar medidas de proteção, como evitar o sol entre 10h e 16h, evitar a exposição excessiva ao sol, usar roupas protetoras, chapéus e óculos escuros para proteger a pele dos efeitos da radiação UV, além de aplicar protetor solar com fator de proteção (FPS) 30 diariamente, e não somente em horários de lazer. "É preciso também observar constantemente a pele em busca de manchas ou sinais suspeitos e consultar um dermatologista anualmente para exames completos", reforça Fernanda Schanuel.
O uso de câmaras de bronzeamento artificial, proibido no Brasil desde 2009, também representa um risco significativo. A prática antes dos 35 anos aumenta em 75% as chances de desenvolver câncer de pele.
Para Fernanda Schanuel, além da prevenção, a fisioterapia dermato-funcional é essencial no processo de reabilitação da pele após danos causados pela doença. “A atuação do fisioterapeuta ajuda a melhorar a cicatrização da pele, reduzir sequelas pós-operatórias, como fibroses e aderências, e promover a hidratação adequada, garantindo o retorno às atividades diárias de forma plena”, conclui a especialista.
Com prevenção, diagnóstico precoce e reabilitação adequada, é possível enfrentar o câncer de pele e minimizar seus impactos na saúde da população. Fonte: Agência Comtato
Imagem: Divulgação
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