A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) recebeu, nesta quinta-feira (4), o Ministério da Igualdade Racial (MIR), para tratar de casos de reconhecimento fotográfico. Estiveram presentes à reunião Paulo Alberto da Silva, porteiro solto em 2023 após ficar três anos preso devido a um erro no sistema de reconhecimento fotográfico; Maria José Vicente, mãe de Paulo; Lucia Helena Oliveira, coordenadora de Defesa Criminal (Cocrim); Daniele Silva, coordenadora de Equidade Racial (Coopera); e Ana Míria Carinhanha e Lívia Paiva, responsáveis pela Secretaria Adjunta do MIR.
Relembre o caso
No ofício encaminhado às autoridades federais, a Defensoria destaca resultados obtidos em pesquisas feitas pela instituição: cerca de 80% das vítimas de erros em reconhecimentos fotográficos são negras, “evidenciando o impacto desproporcional do racismo estrutural no sistema de justiça e contribuindo para o encarceramento em massa da juventude negra.”
E destaca que “o Brasil, comprometido com o combate ao racismo, ratificou a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, com força de Emenda Constitucional, pelo Decreto nº 10.932, de 10 de janeiro de 2022. A implementação desse aparato normativo é essencial para combater o racismo e a discriminação racial, incluindo a indireta, que afeta desproporcionalmente grupos específicos”. Assessoria DPRJ/ Ana Clara Prevedello
Divulgação DPRJ
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