Os três "zagueiro"

Se tem uma boa notícia para nós, que amamos o futebol, será que daqui a duas semanas estaremos livres dos comentários do Ricardo Rocha.

Desde que a Bandeirantes ganhou a exclusividade das transmissões do estadual carioca, estamos acompanhando, consternados, um ídolo tetracampeão perder no microfone tudo o que conquistou com a bola nos pés.

Será que ele não tem quem cuida da sua imagem? Será que a Band não realiza uma entrevista com quem contrata ou basta um currículo pesado como jogador?

Deus costuma conceder um dom para cada um. Para redistribuir oportunidades, e é difícil encontrar um Júnior, na televisão, e um Dé, no rádio, que fazem bem as duas funções.

Na segunda-feira (13), ele chamou a atenção, por várias vezes, para o fato do Flamengo atuar com três "zagueiro". Sem o esse. No meu tempo de Colégio Entre-Rios, mais de uma unidade deixava o singular e ia para o plural.

Segundo o Aurélio, "que consiste em, refere-se a ou contém mais de um".

Três "zagueiro". Limitado como observador tático, foi repetindo seu ponto de vista comendo o esse do começo ao fim.

Não dava para tirar as crianças da sala, mesmo sabendo que amanhã cedo terão um simulado de português. Mas dá para ele, Ricardo Rocha, deixar de fazer o que não sabe fazer.

Para o bem da sua imagem. Para o bem dos nossos ouvidos.

Por José Roberto Padilha

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