Projeto #OrgulhoDeSerTrêsRios é lançado pela Prefeitura

Estação Três Rios "EFL" - A "Casa de Pedra", Patrimônio Histórico da cidade, é a escolhida para ser a primeira do projeto

A Prefeitura de Três Rios, por meio da Secretaria de Comunicação, lançou o projeto #OrgulhoDeSerTrêsRios, levando memórias, informações e resgatando o orgulho do trirriense, toda semana, focando um ponto turístico, uma edificação histórica e personagens que fazem parte da história do município.

Para iniciar o projeto, a escolhida foi "A Estação de Três Rios da Leopoldina - a Casa de Pedra"  que ficava a uns dois quarteirões da estação da Central do Brasil, no centro da cidade.

Por muitos anos, dela partiam os trens da Leopoldina para as cidades mineiras de Caratinga e Manhuaçu.

Após acordo entre as empresas ferroviárias, os trens da Leopoldina também passaram a sair da estação da Central do Brasil.

A partir de então, a bela Casa de Pedra passou a ser utilizada como estação de carga e descarga, além de principal acesso às oficinas da Leopoldina em Três Rios, que ficava bem ao lado da estação.

Quem vinha pelo trem de passageiros do Rio de Janeiro, pela Leopoldina, saía da estação de Barão de Mauá, passaria por Caxias, subiria a cremalheira de Petrópolis e atingiria Três Rios, quase na divisa entre os estados do RJ e MG, chegando à Casa de Pedra, onde o trem era partido em dois. Uma parte ia para a linha de Manhuaçu, à direita, e a outra para a linha de Caratinga, à esquerda.

Para que os trens pudessem chegar à Casa de Pedra, em 1º de janeiro de 1901 a Central autorizou a Leopoldina a se utilizar da linha métrica desde onde desembocava o ramal de Petrópolis até a estação de Três Rios.


Segundo relato de José A. de Vasconcelos para a página estações ferroviárias, em 2012: "A primeira estação da antiga The Leopoldina Railway, em Três Rios, também chamada de 'casa de pedra' devido à utilização de pedras 'marroadas' na sua aparência externa.

Os trens, naquela época procediam do Rio de Janeiro, depois Petrópolis, e quando entravam no Triângulo, uma estação num bairro próximo ao centro de Três Rios, geralmente entravam na perna de uma linha em forma de triângulo, em direção ao interior, e retornava de ré, atravessava uma P.N., e dessa mesma forma entrava na plataforma da Casa de Pedra.

Após o embarque/ desembarque do pessoal/mercadorias, a composição seguia de frente para Caratinga e/ou Manhuaçu.

A estação, durante muito tempo, foi considerada uma obra de arquitetura ferroviária. Depois, com acordos entre dirigentes da Central do Brasil e da Leopoldina, os trens da Leopoldina passaram a sair da antiga estação da Central localizada no centro "nervoso" da cidade.

A "Estação de Pedra" ficou apenas com os despachos e recepção de mercadorias, durante algum tempo. Mais tarde, seu movimento se prendeu apenas ao movimento das oficinas de manutenção e conservação de carros de passageiros e vagões de carga.

Essas oficinas ainda existiam na década de 1990 a título precário. Não sei se ainda existem, pois, já naquela época se versava muito sobre o encerramento das atividades".

A Casa de Pedra será responsável por receber o projeto "Estação de Memórias" que tem como finalidade resgatar, preservar e democratizar a história ferroviária do município.

Está sendo criado um espaço para que as novas gerações possam conhecer e também difundir a memória ferroviária de Três Rios.

O espaço está sendo construído de forma colaborativa com foco no resgate da história ferroviária por meio de fotografias, notícias, objetos que fizeram parte do período ferroviário e até gravações de funcionários ou cônjuges de funcionários já falecidos.

O projeto é idealizado pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA/VLI), executado pela ONG AIC - Agência de Iniciativas Cidadãs e tem total apoio da Prefeitura de Três Rios e da ONG Amigos do Trem. 



Secom PMTR
Imagens: Leando Dornelas / Marcelo Lordeiro / Guido Mottafull-width

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