Afinal, trazê-lo à tona para discussão é fundamental para que haja a devida conscientização e um combate efetivo a essa violência.
Dados do Disque 100 mostram que, no Brasil, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade.
Dados do Disque 100 mostram que, no Brasil, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade.
Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas. Em mais de 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima.
Considerando que o diálogo sobre o abuso infantil não deve ficar restrito apenas aos jovens que sofrem esse tipo de violência, mas sim, ser abordado por toda a sociedade, o trirriense Fabrício Pacheco traz à tona o tema em seu primeiro livro solo, intitulado Silêncio em Si Maior (Editora Letramento).
Considerando que o diálogo sobre o abuso infantil não deve ficar restrito apenas aos jovens que sofrem esse tipo de violência, mas sim, ser abordado por toda a sociedade, o trirriense Fabrício Pacheco traz à tona o tema em seu primeiro livro solo, intitulado Silêncio em Si Maior (Editora Letramento).
A obra ficcional conta a história de um menino de onze anos que relata os abusos cometidos pelo seu próprio tio em um diário, já que acaba sendo ignorado ao tentar denunciá-lo aos pais.
O Entre-Rios Jornal conversou com autor para entender melhor suas motivações para escrever uma obra sobre este assunto e sobre os desafios de trazer uma temática tão delicada e importante.
Segundo ele, a motivação para escrever sobre esse tema surgiu naturalmente, já que o seu processo de criação é baseado em acontecimentos da vida real.
O escritor, que também é professor e leciona em duas escolas de Três Rios, o Elite e o Moacyr Padilha (mais conhecido como Vocacional), deu mais detalhes sobre as características do personagem principal do livro.
Por fim, Fabrício também chamou a atenção para o fato desse tipo de violência ser muito presente na atualidade, e que às vezes pode estar mais perto do que as pessoas imaginam.
Por Valber da Costa
Imagens: Fabrício Pacheco, autor do livro Silêncio em Si Maior(Grupo Editorial Letramento)full-width
O Entre-Rios Jornal conversou com autor para entender melhor suas motivações para escrever uma obra sobre este assunto e sobre os desafios de trazer uma temática tão delicada e importante.
“Silêncio Em Si Maior surgiu após a minha participação em uma oficina criativa com Patrick Pereira e Alexandre Braga. Os dois trabalham com teatro e sugeriram o tema. Nesta oficina, cada um saiu com a estrutura de uma história. Gostei da ideia de me colocar na pele deste menino. Investi no desenvolvimento desta história, que nasceu como um trabalho de composição de ator”, disse Fabrício.
Segundo ele, a motivação para escrever sobre esse tema surgiu naturalmente, já que o seu processo de criação é baseado em acontecimentos da vida real.
“Minha literatura surge da vida. E há muita violência e crimes na narrativa da nossa sociedade. Como escritor, prefiro contar (denunciar) estórias que dão voz, ou que compõem novos caminhos de entendimento. Eu tive o cuidado em não transformar ou fetichizar a figura do agressor. As narrativas têm o poder de conduzir muitos entendimentos. Quero ajudar adultos a escutarem melhor”, contou ele.
O escritor, que também é professor e leciona em duas escolas de Três Rios, o Elite e o Moacyr Padilha (mais conhecido como Vocacional), deu mais detalhes sobre as características do personagem principal do livro.
“O menino gosta de jogar videogame. É bom aluno, escreve muito bem. Estuda na mesma escola que sua mãe leciona. Mas, felizmente, ainda não é aluno dela, ele costuma dizer. Ele estuda pela manhã, e passa as tardes sozinho em casa, quando acontece os piores episódios da vida dele. Desde o início ele entende que é abusado e tenta pedir ajuda, mas é muito difícil achar quem acredite no que ele tenta dizer”, contou o escritor.
Por fim, Fabrício também chamou a atenção para o fato desse tipo de violência ser muito presente na atualidade, e que às vezes pode estar mais perto do que as pessoas imaginam.
“O garoto não tem nome porque ele pode ser qualquer um. Pode ser alguém que está agora perto do leitor. Na capa ele não tem rosto definido. O capista colocou metade da imagem, podemos completar com o nosso rosto. Gostei muito deste espelhamento. Sintetizou bem a alma do livro”, adicionou ele.
“Eu gosto de entender a escrita literária como um inevitável exercício de expressão. Conheço o silêncio do menino, conheço o afeto familiar que nos impede de ver perversidades onde mora o afeto. Poderia ter sido comigo essa história, ninguém está livre. Por isso o tema precisa ser levantado. Tenho orgulho de promover esse diálogo”, completou.Silêncio Em Si Maior já está em pré-venda e pode ser adquirido no site do Grupo Editorial Letramento: www.editoraletramento.com.br ou pelo link bit.ly/silencioemsimaior
Por Valber da Costa
Imagens: Fabrício Pacheco, autor do livro Silêncio em Si Maior(Grupo Editorial Letramento)
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