Ostra feliz não faz pérola. Será?

Caro leitor,

Certa vez, quando estava na faculdade, no primeiro dia de aula de uma disciplina conhecida entre os alunos por ser muito difícil, a professora começou a aula com a frase: "Ostra feliz não faz pérola". Ela se referiaao processo pelo qual a pérola é formada, isto é, à reação da ostra diante de uma impureza que entra por entre suas conchas.

Puxa vida, pensei eu, que jeito mais infeliz de começar um semestre. Sei que a professora teve boa intenção: quis dizer que sua matéria era difícil e que, para ser aprovado — para produzirmos a “pérola” do universitário — teríamos que trabalhar, estudar e nos dedicar, assim como a ostra reage à impureza que acaba por gerar a pérola. Mas será que é isso mesmo? Será que não posso viver algo difícil, trabalhoso ou complicado na minha vida e, ainda assim, ser feliz? Ou, diante de uma dificuldade, sou obrigado a ser infeliz? Preciso mesmo ser igual à ostra?

Algo dentro de mim me dizia que não. Não sei ao certo o porquê, mas intuía que, de alguma forma, é possível ser feliz durante a luta para alcançar uma pérola. Você consente, caro leitor? Será isso possível?

Veja só:o pensador e humanista Carlos Bernardo González Pecotche, em seu livro Diálogos, apresenta um diálogo intitulado“De como fazer frente à adversidade pela superação consciente”, que trata justamente desse tema. Nesse capítulo, ele ensina que a adversidade é um agente utilizado pelo Pensamento Universal para sacudir as mentes humanas e levar o homem a andar direito.

De fato, aquele semestre da faculdade foi um dos emque eu mais estudei. A disciplina foi bastante exigente e, literalmente, as aulas e as provas daquela professora sacudiram a minha mente. Contudo, foi um período em que aprendi a ser mais organizado e disciplinado, a trabalhar com foco e empenho. E nada disso me deixou mais infeliz; pelo contrário, senti que terminei a disciplina mais forte e mais capaz. E quem não é feliz ao se sentir mais forte e mais capaz? Esse conhecimento logosófico permitiu, na minha juventude, que eu vivesse com consciência essa pequena luta— que nem dá para chamar de adversidade.

E você, também vive lutas? Como tem se posicionado diante das adversidades que a vida lhe apresenta? Vale a pena conferir outras reflexões sobre esse tema, como o estudo de Logosofia apresenta de como o sentir pode ajudar a equilibrar a vida durante experiências difíceis.

A todo momento podemos viver experiências interessantes e instrutivas para a própria vida;basta estarmos mais conscientes. É justamente isso que o método logosófico propõe: transformar a própria vida em um campo experimental, um verdadeiro laboratório, para que possamos viver experiências mais conscientes e aprender cada vez mais. Quer saber um pouco mais sobre esse assunto? Então fique conectado nos canais da Logosofia nesta semana.

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Henrique M. Zolet
Investigador e docente de Logosofia
Fundação Logosófica em Prol da Superação Humana



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