Natal: Vida por todas as vidas!

Vamos, nessa noite e amanhã, celebrar o Natal, apesar da sociedade em que vivemos, no seu conjunto, não vá ao encontro do Menino Jesus no rosto do pobre e ainda um ambiente natalício de festa com muitas iluminações, exposições, presentes...Daqui um motivo imperativo de bem acolher o sentido da celebração do Natal, da qual faço meu gesto especial de gratidão a todos os benfeitores que possibilitam a garantia da segurança alimentar de centenas de família

Na origem, como sabemos, está o Nascimento de Jesus em Belém, em ambiente de pobreza material, mas pleno de Amor e mensagem. Informa o Evangelho que Maria e José, “Deitaram o menino numa manjedoura porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7). Maria e José estavam muito distantes da sua residência em Nazaré. Assim, o estábulo de animais foi o melhor espaço que José pode arranjar para resolver a necessidade de proteção familiar.

Que valores se levantam? No Natal é valorizada a vida humana ainda que em situação de pobreza, é valorizada a família que tem o amor como força e critério para resolver os problemas, é valorizado o cumprimento de deveres, porque foi para cumprir um dever que Maria e José se deslocaram a Belém, é valorizada a procura de soluções, como aconteceu com José, é valorizada a humildade como virtude para enfrentar a vida com esperança apesar das contrariedades.

Na verdade, aquilo que a Igreja celebra no Natal, é o fato de Deus se tornar presente no mundo como pessoa humana. Num tempo de guerras, conflitos, violência e exploração humana, importa celebrar e viver o Natal como oportunidade para valorizar a pessoa humana, seja qual for a sua idade ou nacionalidade, e reconhecer a proximidade e beleza de Deus no rosto de uma criança. Outro valor a considerar são as notícias boas e verdadeiras. Não é saudável desprezar boas notícias e gastar fortunas a informar desgraças.

O mundo em que vivemos necessita de mediadores e anunciadores do bem e da paz. Os que se preocupam e comunicam boas notícias de paz e de esperança, são como os anjos que foram anunciar aos pastores de Belém: “Não tenhais medo! Eis que vos anuncio uma boa notícia que será uma grande alegria para todo o povo” (Lc 2,10). Não só aos pobres pastores de Belém, mas aos pobres de todos os tempos, o Nascimento de Jesus é esperança assegurada de que é possível uma sociedade mais humana, justa e fraterna.

Foram visitar o Menino no presépio os pastores de Belém e os magos do oriente. Assim, pobres e estrangeiros aproximaram-se de Jesus, Maria e José, e são referência da universalidade da mensagem do Natal. À luz da Fé, contemplamos como Deus optou pela pobreza e simplicidade para vir ao encontro da humanidade, revelando-se acessível e também carente do apoio humano.

Como escreveu o Papa Francisco: “Já passaram dois mil Natais. Setecentos anos antes, Isaías tinha profetizado que nasceria um Menino que se chamaria Emanuel, ‘Deus conosco’. Um Deus conosco que, desde sempre, quer ser um Deus com todos”.O Natal traduz o melhor da proximidade humana. Deus tornou-se próximo, deu-nos o exemplo de que a solução de muitos desafios da vida se resolve com proximidade.

A todos os queridos leitores os nossos votos de Santo Natal, na alegria da Fé e na dedicação e proximidade que exprimam o Amor e a ternura do Natal. Uma saudação especial paraas pessoas empobrecidas, para os idosos dependentes, para os doentes, para os benfeitores no serviço social da Paróquia São José Operário e, de modo muito especial, ao Entre-Rios Jornal, seus proprietários e funcionários.Feliz Natal! Fecundas bênçãos!


Medoro, irmão menor-padre pecador

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