Policial Militar é preso em Três Rios em operação contra expansão de facção na região




Um sargento da Polícia Militar, lotado no 20º BPM (Mesquita), foi preso nesta quinta-feira (2) em Três Rios durante mais uma fase da Operação Asfixia, que investiga a expansão de uma facção criminosa para a Região Serrana do Rio. Segundo a Polícia Civil, ele atuava como informante do tráfico.

De acordo com as investigações, ele instalava aparelhos de GPS em viaturas da corporação para monitorar deslocamentos das equipes e repassar informações a criminosos. “Ele ganhava alguns benefícios, inclusive dinheiro para divulgar operações na Região Serrana”, afirmou o delegado Victor Barbosa, responsável pelo caso.

Na mesma operação, também foi preso o assessor especial da Prefeitura de Petrópolis, que foi exonerado do cargo após a prisão. Segundo a força-tarefa, ele também fornecia informações sigilosas ao grupo.


Ação contra o tráfico

A Operação Asfixia é realizada pela 106ª DP (Itaipava), em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Foram expedidos 18 mandados de prisão e 12 pessoas haviam sido presas até o fim da tarde.

Parte dos alvos foi localizada no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, onde houve tiroteio durante a entrada dos agentes. Blindados e dois helicópteros da Core foram usados na ação. A Justiça também determinou o bloqueio de cerca de R$ 700 mil em bens ligados ao esquema.


Petrópolis como entreposto

Segundo a Polícia Civil, Petrópolis funcionava como um entreposto logístico para o transporte de armas e drogas da capital para a Região Serrana. Os investigadores identificaram ao menos 55 pessoas envolvidas. Dois dos principais líderes não foram encontrados e são considerados foragidos.

Devido aos confrontos na Maré, 30 escolas municipais e duas estaduais tiveram atividades impactadas, além de unidades de saúde que precisaram interromper parte dos atendimentos. Em nota, a Prefeitura de Petrópolis disse desconhecer as atividades ilícitas do assessor e informou que ele foi exonerado.

A Polícia Militar afirmou que o sargento preso será transferido para a unidade prisional da corporação em Niterói e responderá a processo administrativo que pode levar à sua expulsão. “O comando da corporação reitera que não compactua com desvios de conduta ou crimes cometidos por seus integrantes, e que atua com rigor na apuração e punição dos envolvidos, sempre que os fatos forem constatados”, diz parte da nota da PM.

Comentar

أحدث أقدم