
Redação
O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAESP/MPRJ) deflagrou, nesta quinta-feira (14), uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra dez policiais militares acusados de integrar uma organização criminosa instalada no 39º Batalhão da Polícia Militar (Belford Roxo).
Segundo a denúncia, os agentes recebiam semanalmente propina de comerciantes da cidade para oferecer segurança armada aos estabelecimentos, mesmo durante o expediente no batalhão. A ação, que contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar (CGPM), foi autorizada pelo Juízo da Auditoria da Justiça Militar. Os mandados foram cumpridos em endereços no Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Belford Roxo, Magé e Nova Iguaçu.
O MPRJ já havia denunciado, em julho deste ano, outros 11 policiais do mesmo batalhão por esquema semelhante. A investigação aponta que o novo grupo atuava em outro setor da unidade, mas com o mesmo modus operandi: cobrança de valores de lojistas e prestadores de serviços para garantir “proteção” e tratamento diferenciado.
De acordo com o GAESP/MPRJ, o esquema representava uma “subversão da lógica da segurança pública”, pois policiais — cuja função é proteger a população sem custo — exigiam pagamentos para prestar o serviço, utilizando viaturas, uniformes e armamentos da corporação.
Os comerciantes que participavam do esquema eram chamados de “padrinhos” e recebiam atenção especial no patrulhamento. Em alguns casos, um mesmo estabelecimento era alvo de extorsão por mais de um grupo de policiais do batalhão. Com informações do MPRJ
Imagem: Reprodução
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