Todos os seres vivos do planeta possuem algo em comum, em especial os seres humanos: existimos no espaço-tempo, sendo que, muito provavelmente, somos os únicos habitantes com noção do tempo e do ato de envelhecer. Muitos de nós conseguem ter contato com gerações diferentes, mas poucos param para pensar que possuímos algo ainda mais em comum: residirmos no mesmo tempo que nossos semelhantes que ainda vivem, mesmo que isso não aconteça de forma padronizada. Alguns são mais jovens, outros de faixa etária semelhante, outros mais velhos... e é sobre o envelhecimento e seus cuidados que iremos falar neste artigo, como sugerido no título.
Todos nós já fomos sementes um dia, e se você está lendo este artigo, isso significa que você germinou ao ponto de compreender palavras — palavras que representam coisas, o que pensamos e o que sentimos. Durante esta leitura, te convido a refletir sobre momentos marcantes que tenha vivenciado até aqui e sobre as pessoas que estiveram presentes durante eles, em sua jornada pela caminhada da vida... Talvez tenha se dado conta de que o tempo passou e que, com ele, você e as pessoas envelheceram, ou seguiram em direção ao que, para nós, é de certo modo um “mistério”.
É fato que a maior parte de nós nasce, cresce, amadurece/envelhece e parte. Mas o que pode — e deve — ser feito para que possamos envelhecer e cuidar bem de nós mesmos e de quem envelheceu e precisa de suporte ou ajuda? Tenho vivido essa realidade ultimamente. Tenho visto o tempo passar para mim, para o meu filho, para primos que nasceram recentemente e até para o que está por vir. Também tenho visto o envelhecimento de meus pais, irmãos, irmãs, tios, tias, esposa, primos (as) e pessoas queridas. Percebo os traços que nenhum procedimento estético pode apagar e sinto gratidão pela existência. Lembro-me dos familiares e pessoas próximas que partiram sem sequer terem a oportunidade de uma despedida. Talvez vivamos sem pensar que cada dia é um grande e imensurável presente no “presente” — e que estamos semeando bons ou maus legados todos os dias, em um mundo no qual até fazer nada é fazer algo.
"Costumo dizer que tudo é muito, tudo é mundo... Sendo assim, sempre teremos a oportunidade de aprender com o desenrolar do tempo, e que existe uma porta para o futuro onde está escrito: agora."Nesse contexto, vale refletir sobre os espelhos que carregamos, sobre nossas essências, sobre quem verdadeiramente somos e quem almejamos ser; refletir sobre nossos sonhos, princípios e valores, sobre as vestes que não nos servem mais. É preciso também nos aprofundarmos nas raízes da palavra “cuidado”, pois as rosas que se fecham não exalam os melhores odores.
Conhecer a si mesmo é um dos passos mais importantes para se viver com equilíbrio. Compreender nosso corpo, mente e, para os que acreditam, também o espírito, é fundamental. Somos seres integrados, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o fator biopsicossocioespiritual como um dos pilares para uma vida saudável e longeva. Ou seja, saúde não é apenas ausência de doença, mas o equilíbrio entre o corpo, a mente, os vínculos sociais e, quando presente, a espiritualidade.
Envelhecer com qualidade de vida depende de boas escolhas ao longo do tempo: alimentação equilibrada, sono adequado, prática de atividades físicas, cuidados emocionais, relações saudáveis, boa rotina nos estudos e no trabalho. A negligência nesses aspectos pode gerar uma série de prejuízos físicos, mentais e sociais. O autocuidado, portanto, não é egoísmo — é um gesto necessário e inteligente para se viver mais e melhor.
"Ao mesmo tempo, é nobre e essencial o ato de cuidar de pessoas, especialmente das idosas."Cuidar de quem tanto contribuiu, amou, trabalhou e se dedicou é uma responsabilidade social e afetiva. O afeto, a empatia e o respeito devem ser a base de toda relação com a pessoa idosa. E isso não é apenas uma questão ética, mas também legal: a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 230, estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado amparar as pessoas idosas. O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) reforça e detalha os direitos fundamentais desse público, promovendo dignidade, saúde, segurança e bem-estar.
É preciso, no entanto, lembrar que idoso não é criança. Ainda que muitos idosos exijam atenção semelhante à destinada às crianças, eles são seres maduros que envelheceram, com uma história, bagagem, sabedoria e vontades próprias. O cuidado precisa ser feito com respeito à autonomia, mas também com atenção às necessidades específicas de cada fase do envelhecimento. O afeto e a delicadeza fazem diferença — e não podem ser confundidos com infantilização.
"Convido você, leitor, a imaginar o mundo do ponto de vista de uma pessoa idosa que necessita de cuidados diários."Pense em como é depender de outra pessoa para tomar banho, alimentar-se, locomover-se, ir ao médico ou simplesmente conversar.
"Todo prisma é a vista de um ângulo". Enxergamos como percebemos, sentimos, pensamos e desejamos. Colocar-se no lugar do outro com empatia é fundamental para construir relações de cuidado mais humanas e respeitosas.
O jovem de hoje, com os devidos cuidados — e se tudo der certo — será o idoso de amanhã. Por isso, a forma como cuidamos dos mais velhos hoje diz muito sobre o mundo que estamos ajudando a semear.
Os cuidadores de idosos — sejam profissionais da saúde, familiares ou amigos — também precisam de atenção e suporte. Cuidar de outro ser humano é uma tarefa complexa e exigente, que demanda preparo físico, emocional e técnico. Só conseguimos cuidar bem de alguém quando estamos bem. O esgotamento físico e emocional dos cuidadores é real e precisa ser prevenido com apoio, treinamento, descanso e valorização.
Que este artigo seja um convite à reflexão, ao afeto e à responsabilidade compartilhada. Cuidar de quem cuida da gente é, talvez, uma das maiores expressões de humanidade.
“Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história, ajude-se, ajude os outros e o mundo ao seu redor, pois o mundo não somos só nós; somos o universo e todos nós.”
Todos nós já fomos sementes um dia, e se você está lendo este artigo, isso significa que você germinou ao ponto de compreender palavras — palavras que representam coisas, o que pensamos e o que sentimos. Durante esta leitura, te convido a refletir sobre momentos marcantes que tenha vivenciado até aqui e sobre as pessoas que estiveram presentes durante eles, em sua jornada pela caminhada da vida... Talvez tenha se dado conta de que o tempo passou e que, com ele, você e as pessoas envelheceram, ou seguiram em direção ao que, para nós, é de certo modo um “mistério”.
É fato que a maior parte de nós nasce, cresce, amadurece/envelhece e parte. Mas o que pode — e deve — ser feito para que possamos envelhecer e cuidar bem de nós mesmos e de quem envelheceu e precisa de suporte ou ajuda? Tenho vivido essa realidade ultimamente. Tenho visto o tempo passar para mim, para o meu filho, para primos que nasceram recentemente e até para o que está por vir. Também tenho visto o envelhecimento de meus pais, irmãos, irmãs, tios, tias, esposa, primos (as) e pessoas queridas. Percebo os traços que nenhum procedimento estético pode apagar e sinto gratidão pela existência. Lembro-me dos familiares e pessoas próximas que partiram sem sequer terem a oportunidade de uma despedida. Talvez vivamos sem pensar que cada dia é um grande e imensurável presente no “presente” — e que estamos semeando bons ou maus legados todos os dias, em um mundo no qual até fazer nada é fazer algo.
"Costumo dizer que tudo é muito, tudo é mundo... Sendo assim, sempre teremos a oportunidade de aprender com o desenrolar do tempo, e que existe uma porta para o futuro onde está escrito: agora."Nesse contexto, vale refletir sobre os espelhos que carregamos, sobre nossas essências, sobre quem verdadeiramente somos e quem almejamos ser; refletir sobre nossos sonhos, princípios e valores, sobre as vestes que não nos servem mais. É preciso também nos aprofundarmos nas raízes da palavra “cuidado”, pois as rosas que se fecham não exalam os melhores odores.
Conhecer a si mesmo é um dos passos mais importantes para se viver com equilíbrio. Compreender nosso corpo, mente e, para os que acreditam, também o espírito, é fundamental. Somos seres integrados, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o fator biopsicossocioespiritual como um dos pilares para uma vida saudável e longeva. Ou seja, saúde não é apenas ausência de doença, mas o equilíbrio entre o corpo, a mente, os vínculos sociais e, quando presente, a espiritualidade.
Envelhecer com qualidade de vida depende de boas escolhas ao longo do tempo: alimentação equilibrada, sono adequado, prática de atividades físicas, cuidados emocionais, relações saudáveis, boa rotina nos estudos e no trabalho. A negligência nesses aspectos pode gerar uma série de prejuízos físicos, mentais e sociais. O autocuidado, portanto, não é egoísmo — é um gesto necessário e inteligente para se viver mais e melhor.
"Ao mesmo tempo, é nobre e essencial o ato de cuidar de pessoas, especialmente das idosas."Cuidar de quem tanto contribuiu, amou, trabalhou e se dedicou é uma responsabilidade social e afetiva. O afeto, a empatia e o respeito devem ser a base de toda relação com a pessoa idosa. E isso não é apenas uma questão ética, mas também legal: a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 230, estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado amparar as pessoas idosas. O Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) reforça e detalha os direitos fundamentais desse público, promovendo dignidade, saúde, segurança e bem-estar.
É preciso, no entanto, lembrar que idoso não é criança. Ainda que muitos idosos exijam atenção semelhante à destinada às crianças, eles são seres maduros que envelheceram, com uma história, bagagem, sabedoria e vontades próprias. O cuidado precisa ser feito com respeito à autonomia, mas também com atenção às necessidades específicas de cada fase do envelhecimento. O afeto e a delicadeza fazem diferença — e não podem ser confundidos com infantilização.
"Convido você, leitor, a imaginar o mundo do ponto de vista de uma pessoa idosa que necessita de cuidados diários."Pense em como é depender de outra pessoa para tomar banho, alimentar-se, locomover-se, ir ao médico ou simplesmente conversar.
"Todo prisma é a vista de um ângulo". Enxergamos como percebemos, sentimos, pensamos e desejamos. Colocar-se no lugar do outro com empatia é fundamental para construir relações de cuidado mais humanas e respeitosas.
O jovem de hoje, com os devidos cuidados — e se tudo der certo — será o idoso de amanhã. Por isso, a forma como cuidamos dos mais velhos hoje diz muito sobre o mundo que estamos ajudando a semear.
Os cuidadores de idosos — sejam profissionais da saúde, familiares ou amigos — também precisam de atenção e suporte. Cuidar de outro ser humano é uma tarefa complexa e exigente, que demanda preparo físico, emocional e técnico. Só conseguimos cuidar bem de alguém quando estamos bem. O esgotamento físico e emocional dos cuidadores é real e precisa ser prevenido com apoio, treinamento, descanso e valorização.
Que este artigo seja um convite à reflexão, ao afeto e à responsabilidade compartilhada. Cuidar de quem cuida da gente é, talvez, uma das maiores expressões de humanidade.
“Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história, ajude-se, ajude os outros e o mundo ao seu redor, pois o mundo não somos só nós; somos o universo e todos nós.”
Não seja Mediano ou Mais para Menos! Seja Mais para Mais!
@integramaissolucoes
@jheangarciaoficial
Até o próximo artigo!
Seja forte corajoso. Não se apavore nem desanime
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