Campanha nacional coleta DNA para ajudar na localização de desaparecidos



Redação

Começou nesta terça-feira (5) a terceira edição da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A iniciativa, que vai até 15 de agosto, conta com 334 pontos de coleta em todo o país e busca fortalecer o Banco Nacional de Perfis Genéticos.

A coleta é voluntária e destinada a familiares de primeiro grau de pessoas desaparecidas. O material genético pode ser obtido por meio de um cotonete na bochecha ou uma gota de sangue, além de itens pessoais do desaparecido, como escova de dente ou dente de leite. É necessário apresentar documento com foto, boletim de ocorrência e assinar termo de consentimento.

Presente na cerimônia de lançamento, em Brasília, a ativista Vera Lúcia Ranu, mãe de uma jovem desaparecida desde 1992, destacou a importância da campanha. “Levantou uma esperança muito grande de encontrar os que estão sumidos há muito tempo”, afirmou.

Segundo o MJSP, os dados genéticos coletados são cruzados com informações de restos mortais não identificados e pessoas vivas com identidade desconhecida, em instituições como hospitais e abrigos. A busca continua mesmo após a coleta, com atualizações constantes da base de dados.

Na edição de 2024, 1.645 amostras foram coletadas e 35 pessoas foram identificadas, entre elas o filho da servidora aposentada Glaucia Lira, desaparecido há 12 anos. A confirmação do óbito veio quatro anos após a doação do material genético. “Não era o desfecho que eu queria, mas agora tenho uma resposta”, disse.

Para o secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, a campanha representa mais do que números: “Cada caso resolvido é uma dor que se encerra, é dignidade para as famílias”. Com informações da Agência Brasil

Imagem: Reprodução


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