Ginecologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição fala sobre a importância da prática e dos desafios enfrentados pelas mães
A amamentação salva a vida de 6 milhões de crianças por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com toda a sensibilidade presente nos primeiros momentos do bebê, o aleitamento materno protege contra a síndrome da morte súbita do recém-nascido, a diabetes mellitus 1 e 2 e doenças autoimunes, além de prevenir infecções respiratórias agudas e diarreias. A prática também é benéfica para as mães ao reduzir o risco de câncer de mama, de tumores ovarianos e evitar a rápida perda de peso. “Entre todos os benefícios, não podemos esquecer que o leite materno é gratuito, o que impacta positivamente na economia familiar. O alimento também tem o grande poder de aumentar os laços afetivos entre a mãe e o bebê”, explica a Dra. Paula Alves, ginecologista do Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o aleitamento deve ser feito de forma exclusiva até os seis meses de vida e pode se estender de forma complementar até os dois anos de idade. Já a introdução alimentar envolve o aconselhamento de um pediatra sobre preparação das refeições e uso correto de ingredientes, temperos e texturas.
De forma geral, diversos mitos sobre o tema são compartilhados e muitas pessoas consideram a amamentação como um processo intuitivo, fazendo suposições equivocadas sobre a quantidade e qualidade do leite materno. Algumas mães acham que estão produzindo pouco leite, condição conhecida como hipogalactia, que acontece de forma rara. Geralmente, a suspeita não está relacionada com a incapacidade da mãe, mas sim com a ansiedade. Por isso, manter a calma é fundamental.
Também é preciso desmistificar o chamado ‘leite fraco’: não existe diagnóstico médico para isso e o colostro, nome do leite produzido durante a primeira semana, aparenta ser mais aguado, mas é adequado para a hidratação e adaptação do sistema gastrointestinal.
“A amamentação não é intuitiva. Muitas vezes, a mãe e o bebê só precisam passar por uma avaliação e tratamento para melhorar a ‘pega’, nome da posição correta para a criança aproveitar ao máximo a mamada”, comenta a ginecologista.
Passar por um parto e cuidar de um recém-nascido não é uma tarefa simples. Na verdade, é uma fase com complexidades para a família, o que pode gerar uma série de desafios para a amamentação. Porém, para cada situação, é possível traçar um caminho para solucionar o problema, como:
O parto pode ser cansativo e promover anemia - O pós-parto precisa ser devidamente acompanhado para não impactar no aleitamento;
Lesões mamilares e infecções mamárias - Devem ser rastreadas pelo profissional de saúde nos cuidados pós-parto;
Privação de sono, mudança da rotina familiar e ansiedade – Importante haver apoio da família e, se necessário, acompanhamento psicológico.
A orientação sobre aleitamento materno por profissionais de saúde começa desde o pré-natal e vai até o pós-parto por meio do suporte nas visitas hospitalares e consultas. Os especialistas devem orientar sobre a pega, posições para amamentar e verificar se é necessário usar um instrumental de apoio para levar mais qualidade ao processo.
A rede de apoio, composta por familiares e amigos, é essencial para dar um suporte físico e emocional para a mãe. As ações são relativamente simples e envolvem segurar e cuidar do bebê durante um tempo para ela poder descansar, se alimentar, tomar banho de maneira adequada e sem pressa, aliviando o estresse físico e possíveis sintomas de ansiedade. Assessoria HCNSC
Apoiar é uma coisa, ter banco que leite é outra coisa, hospital quer passar uma postura a qual não tem, minha filha jogava fora o leite porque não tem banco de leite materno, minha neta não dava conta de mamar o suficiente, enquanto outras mães por fazer cesariana o leite não descia, fiquei com ela no hospital e perguntei se tinha como doar pra outras mães que não tinha leite de peito. E disseram que não tinham banco de leite, uma verdadeira hipocrisia.
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