Damos continuidade à publicação dos conteúdos centrais da homilia proferida por Dom Nélson Ferreira Francelino, por ocasião da celebração do Centenário da Diocese de Valença. Uma multidão de quase cinco mil fiéis, nove bispos e dezenas de padres foi introduzida mais profundamente nesse jubileu de ação de graças. Da homilia destacamos para compartilhar no dia de hoje o
Antes de começar a falar sobre o centenário diocesano gostaria de cantar duas estrofes desse canto religioso que embalam as nossas peregrinações nesse ano Jubilar: “O povo de Deus no deserto andava…” Não queremos só lembrar simplesmente da ereção diocesana, mas resgatar uma memória viva da presença de Deus que sempre caminhou ao nosso lado. Não se trata de caminhos percorridos fora da realidade, mas de caminhos que registram as conquistas, os fracassos, a vontade convicta do povo e sua acolhida aos que vêm de fora... Caminhos pavimentados com o compromisso de todos, por onde a Igreja caminhou cumprindo sua missão e apoiando seu povo em cada momento e em cada situação.
Dessa Igreja Catedral, mãe de nossas paróquias, muitos caminhos foram abertos ao futuro. Hoje, celebrando o centenário dessa igreja diocesana, olhando para trás, vemos o trajeto que foi percorrido ao longo desse centenário: a semeadura que fizeram e os frutos que colhemos... Não para ficarmos estagnados, mas para continuarmos no caminho para a realização total do encontro com Deus. Com profunda gratidão ao Deus da vida, comemoramos o centenário desta Igreja particular de Valença, onde Deus possibilitou desenvolver essa história com a dedicação de seus pastores, bispos e padres; com o entusiasmo dos seus leigos(as) e com a alegria dos membros da vida consagrada. Demonstrando ser uma Igreja em saída, uma Igreja com sentido de comunidade missionária.
Por uma feliz decisão do Papa Pio XI, no ano Jubilar de 1925 foi criada a Diocese de Valença: uma nova porção do povo de Deus no Estado do Rio de Janeiro na região sul fluminense, no histórico vale do café, escolhida para tornar realidade nestas terras, a força transformadora do Evangelho de Jesus Cristo. O primeiro Bispo, Dom André Arcoverde, viveu o que aconteceu com Abraão: o Senhor o tirou das terras pernambucanas e lhe pediu que chegasse à nossa região habitada por negros e imigrantes europeus, grandes fazendeiros para fundar a Igreja local de Valença. Dom André obedeceu como o patriarca e esteve presente como pai e pastor para iniciar a tarefa que havia recebido como designação pastoral.
Assim como ele, os outros bispos que o sucederam: Dom Renato, Dom Rodolfo, Dom José Costa Campos, Dom Amauri Castanho e Dom Elias Manning que vieram para dar continuidade a essa edificação, conduzindo o Povo de Deus, assim como fizeram Moisés e muitos outros líderes do Povo de Deus. Devido a isso, podemos tomar posse dessa história, do sonho de Deus que se fez história em todo nosso território diocesano…
“Também sou teu povo Senhor, estou nessa história, cada dia mais perto da Terra esperada” (Conto o Povo de Deus). Foi com essa consciência de povo de Deus, Corpo de Cristo, Templo do Espírito Santo que os 7 bispos, onde estou incluído a 11 anos e inúmeros sacerdotes — diocesanos e religiosos — acompanhados por religiosas e leigos comprometidos com a evangelização, pudemos realizar ações missionárias tal como os profetas, os sábios e mártires, com o apoio de lideranças políticas e intelectuais, promovendo a cultura promotora de um verdadeiro humanismo integral. Cada um com seus carismas e estilos, mas todos com o mesmo objetivo: fazer do povo de Deus que peregrina nesse território diocesano um “sacramento de comunhão e de salvação” (cf. LG1; AG 1).
Podemos expressar esse legado com o modelo de Igreja que recebemos e pretendemos continuar construindo, uma Igreja com o carisma de uma Fé transformada em caridade ativa junto aos idosos, pobres, sofredores e excluídos. Fazendo disso o compromisso primeiro no coração dos fiéis dessa diocese. A solidariedade e a generosidade de todos, mesmo dos mais pobres, demonstram esse desejo de garantir que ninguém passe necessidade.
Ao comemorarmos, portanto, os primeiros cem anos da Igreja diocesana de Valença, podemos nos abrir frutuosamente para o futuro com as indicações do incansável e inesquecível Papa Francisco, reafirmando o caráter sinodal da nossa Igreja, nos comprometendo em ser uma Igreja cujos membros não têm medo de olhar para o futuro, testemunhando a “Esperança que não decepciona”, nos comprometendo a seguir em frente, sob a proteção da Virgem Maria e do destemido mártir, nosso Padroeiro, São Sebastião…
CENTENÁRIO DIOCESANO:
Antes de começar a falar sobre o centenário diocesano gostaria de cantar duas estrofes desse canto religioso que embalam as nossas peregrinações nesse ano Jubilar: “O povo de Deus no deserto andava…” Não queremos só lembrar simplesmente da ereção diocesana, mas resgatar uma memória viva da presença de Deus que sempre caminhou ao nosso lado. Não se trata de caminhos percorridos fora da realidade, mas de caminhos que registram as conquistas, os fracassos, a vontade convicta do povo e sua acolhida aos que vêm de fora... Caminhos pavimentados com o compromisso de todos, por onde a Igreja caminhou cumprindo sua missão e apoiando seu povo em cada momento e em cada situação.
Dessa Igreja Catedral, mãe de nossas paróquias, muitos caminhos foram abertos ao futuro. Hoje, celebrando o centenário dessa igreja diocesana, olhando para trás, vemos o trajeto que foi percorrido ao longo desse centenário: a semeadura que fizeram e os frutos que colhemos... Não para ficarmos estagnados, mas para continuarmos no caminho para a realização total do encontro com Deus. Com profunda gratidão ao Deus da vida, comemoramos o centenário desta Igreja particular de Valença, onde Deus possibilitou desenvolver essa história com a dedicação de seus pastores, bispos e padres; com o entusiasmo dos seus leigos(as) e com a alegria dos membros da vida consagrada. Demonstrando ser uma Igreja em saída, uma Igreja com sentido de comunidade missionária.
Por uma feliz decisão do Papa Pio XI, no ano Jubilar de 1925 foi criada a Diocese de Valença: uma nova porção do povo de Deus no Estado do Rio de Janeiro na região sul fluminense, no histórico vale do café, escolhida para tornar realidade nestas terras, a força transformadora do Evangelho de Jesus Cristo. O primeiro Bispo, Dom André Arcoverde, viveu o que aconteceu com Abraão: o Senhor o tirou das terras pernambucanas e lhe pediu que chegasse à nossa região habitada por negros e imigrantes europeus, grandes fazendeiros para fundar a Igreja local de Valença. Dom André obedeceu como o patriarca e esteve presente como pai e pastor para iniciar a tarefa que havia recebido como designação pastoral.
Assim como ele, os outros bispos que o sucederam: Dom Renato, Dom Rodolfo, Dom José Costa Campos, Dom Amauri Castanho e Dom Elias Manning que vieram para dar continuidade a essa edificação, conduzindo o Povo de Deus, assim como fizeram Moisés e muitos outros líderes do Povo de Deus. Devido a isso, podemos tomar posse dessa história, do sonho de Deus que se fez história em todo nosso território diocesano…
“Também sou teu povo Senhor, estou nessa história, cada dia mais perto da Terra esperada” (Conto o Povo de Deus). Foi com essa consciência de povo de Deus, Corpo de Cristo, Templo do Espírito Santo que os 7 bispos, onde estou incluído a 11 anos e inúmeros sacerdotes — diocesanos e religiosos — acompanhados por religiosas e leigos comprometidos com a evangelização, pudemos realizar ações missionárias tal como os profetas, os sábios e mártires, com o apoio de lideranças políticas e intelectuais, promovendo a cultura promotora de um verdadeiro humanismo integral. Cada um com seus carismas e estilos, mas todos com o mesmo objetivo: fazer do povo de Deus que peregrina nesse território diocesano um “sacramento de comunhão e de salvação” (cf. LG1; AG 1).
Podemos expressar esse legado com o modelo de Igreja que recebemos e pretendemos continuar construindo, uma Igreja com o carisma de uma Fé transformada em caridade ativa junto aos idosos, pobres, sofredores e excluídos. Fazendo disso o compromisso primeiro no coração dos fiéis dessa diocese. A solidariedade e a generosidade de todos, mesmo dos mais pobres, demonstram esse desejo de garantir que ninguém passe necessidade.
Ao comemorarmos, portanto, os primeiros cem anos da Igreja diocesana de Valença, podemos nos abrir frutuosamente para o futuro com as indicações do incansável e inesquecível Papa Francisco, reafirmando o caráter sinodal da nossa Igreja, nos comprometendo em ser uma Igreja cujos membros não têm medo de olhar para o futuro, testemunhando a “Esperança que não decepciona”, nos comprometendo a seguir em frente, sob a proteção da Virgem Maria e do destemido mártir, nosso Padroeiro, São Sebastião…
Medoro, irmão menor-padre pecador
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