O número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) segue em alta no estado do Rio de Janeiro após a volta às aulas, segundo o mais recente Boletim Infogripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (20). O crescimento dos casos também foi observado em São Paulo e no Espírito Santo, além de Goiás, Sergipe e do Distrito Federal.
A SRAG é uma complicação de síndromes gripais que causa comprometimento da função respiratória, exigindo internação hospitalar. De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, a concentração de alunos em salas fechadas e o maior contato entre eles favorecem a disseminação de vírus respiratórios, contribuindo para a elevação dos casos.
Além disso, o boletim aponta um aumento de infecções por vírus sincicial respiratório (VSR) no Distrito Federal e em Goiás, especialmente entre bebês de até dois anos. Tradicionalmente mais ativo no inverno, o VSR já causou 460 internações por SRAG este ano no país, com 16 mortes.
Covid-19 segue como principal causa de óbitos
Apesar da circulação de diferentes vírus respiratórios, a covid-19 continua sendo a principal causa de mortes entre os casos de SRAG no Brasil. Mais de mil pessoas morreram por complicações respiratórias neste ano, e 81% dos óbitos por infecção viral confirmada foram causados pelo coronavírus. A maioria das vítimas era idosa.
O boletim também aponta alta nos casos de SRAG com sinais característicos da covid-19 em Mato Grosso, Roraima, Sergipe e Tocantins. Neste último, a elevação se destaca entre jovens e adultos.
Além do Rio de Janeiro e de São Paulo, outras cinco unidades federativas apresentam níveis de alerta para a SRAG, independentemente da causa: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
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