
Sabe-se que as relações humanas são a essência da convivência em sociedade, sendo fundamentais para o desenvolvimento e equilíbrio em diversas áreas da vida. No âmbito intrapessoal, a relação que temos conosco, diante dos espelhos da alma e de nosso eu de modo geral, molda nossa autocompreensão, autoestima e capacidade de lidar com desafios ao longo da caminhada da vida. Já nas relações interpessoais, que abrangem conexões profissionais, educacionais, sociais e afetivas, destacam-se a importância da comunicação, empatia e colaboração para o bem-estar coletivo e o crescimento mútuo. Podemos ressaltar a importância da observação, da "escutatória", de uma boa comunicação e da capacidade de empatia, que envolve procurar colocar-se no lugar do outro e buscar equilíbrio diante das situações do dia a dia. Afinal, quase tudo ao nosso redor costuma ser transitório, se pararmos para olhar de forma abrangente.
Um dos principais pontos para que as relações humanas sejam saudáveis e atinjam níveis de excelência é saber e compreender as necessidades humanas, buscando fazer bom uso de tais conhecimentos em prol da sinergia, otimização e melhores resultados. Podemos destacar a Pirâmide de Maslow como um bom exemplo no que tange às necessidades humanas. Essa teoria é utilizada em várias áreas, como educação, gestão de pessoas, marketing e psicologia, ajudando a entender a motivação humana e a desenvolver estratégias para atender às diferentes necessidades. Embora seja amplamente aceita, a pirâmide é criticada por sua simplicidade e por não considerar variações culturais ou contextuais. Mesmo assim, ela continua sendo uma ferramenta útil para compreender as prioridades humanas.
No ambiente de trabalho, relações humanas saudáveis promovem produtividade, inovação e um clima organizacional positivo. Vale destacar que o ambiente de trabalho, quando não bem estruturado e, até mesmo quando bem lapidado, pode apresentar disputas internas. Isso nem sempre é algo negativo, desde que eleve o nível de forma saudável. Porém, o que se observa em muitas organizações são pessoas buscando minar umas às outras, mesmo que de forma velada, por meio de fofocas, ciúmes, inveja, cobiça e outras atitudes que refletem uma mentalidade de crescimento pequeno, baseada no sofrimento alheio. Esse tipo de comportamento gera cicatrizes internas que podem não ser percebidas ou sentidas de imediato, mas que acabam inflamando com o tempo. Tais situações se estendem para diversas áreas da vida. Cabe a cada um pensar e agir da melhor forma possível, lembrando que: “apenas o homem pode tornar-se o canibal de si mesmo”.
No âmbito da comunicação, é importante destacar a diferença entre dialogar e informar, sendo que essa distinção não diminui o respeito ou a relevância da hierarquia organizacional. É evidente que a comunicação se torna mais produtiva quando há oportunidade de participação coletiva. Nesses casos, os resultados tendem a ser mais expressivos, pois as pessoas se sentem incluídas, ouvidas, valorizadas e efetivamente parte da equipe. Esse ambiente de interação e reconhecimento fortalece não apenas o desempenho, mas também o senso de pertencimento e a motivação de todos os envolvidos.
Em contextos educacionais, a interação entre professores, alunos e colegas fortalece o aprendizado e a construção do conhecimento. No esporte, a cooperação entre os membros de uma equipe, baseada no respeito e na confiança, é crucial para alcançar os objetivos. Além disso, na vida social, religiosa e política, a capacidade de diálogo e entendimento mútuo é indispensável para a coexistência pacífica e o progresso.
Os elementos fundamentais das relações humanas incluem percepções, ações, reações, sentimentos, emoções e raciocínio lógico. As percepções moldam como interpretamos o mundo ao nosso redor, influenciando nossas ações e reações. Sentimentos e emoções, quando equilibrados, enriquecem as conexões, mas, se mal administrados, podem gerar conflitos e afastamentos. Em tais contextos, vale analisar os principais motivos, gatilhos, causas-raiz e métodos que podem ser utilizados para equilibrar e alinhar o que estiver disfuncional. Muitas pessoas, especialmente nos dias de hoje, precisam de ajuda para encontrar o eixo de equilíbrio em meio à realidade contemporânea, tão volátil, voraz e competitiva. Essa realidade pode adoecer, mas também fortalecer, com doses de resiliência e um pensamento aliado ao comportamento "antifrágil".
O termo "antifrágil" foi popularizado pelo autor Nassim Nicholas Taleb em seu livro Antifragile: Things That Gain from Disorder. Ele descreve sistemas, pessoas ou organizações que não apenas resistem a choques ou adversidades, mas se beneficiam e se fortalecem com eles.
O raciocínio lógico, por sua vez, auxilia na tomada de decisões conscientes, evitando impulsividades que podem prejudicar os relacionamentos e gerar desconfortos. É importante lembrar que todo ponto de vista é limitado. Leonardo Boff dizia: “Todo ponto de vista é a vista de um ponto.” Essa citação sugere que toda perspectiva que temos está ligada ao lugar (físico, social, emocional ou cultural) de onde enxergamos a realidade. Tal conhecimento é um convite à empatia e ao reconhecimento de que diferentes pessoas, partindo de diferentes contextos, podem ter visões igualmente válidas sobre o mesmo assunto. Essa ideia incentiva o diálogo, a tolerância e a compreensão das múltiplas dimensões da verdade.
Para alcançar a harmonia, é essencial cultivar a empatia, compreender perspectivas distintas e buscar soluções colaborativas para os desafios. Práticas como a escuta ativa, o controle emocional e o respeito mútuo ajudam a minimizar os impactos negativos e a maximizar os positivos. Assim, as relações humanas podem se tornar ferramentas poderosas para o desenvolvimento individual e coletivo, contribuindo para um mundo mais integrado e solidário.
Voar com maestria exige propósito e energia. Para que o voo seja perene, é necessário progredir constantemente e subir de nível. A cada novo patamar, podemos avançar em direção ao bem, que possui aversão ao mal.
Se mostra viável lembrar que: “De nada servem as bússolas quando não se sabe aonde quer chegar”.
“Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história”.
Não esqueça que: “a nossa morada é o agora”.
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Imagem: Pixabay
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