Bom das Bocas já tem samba de enredo para o carnaval

Atual bicampeã do carnaval trirriense anunciou programação para comemorar 62 anos



Redação

Nesta sexta-feira (3), durante o programa “107 é Notícia”, da Rádio FM 107, a escola de samba Bom das Bocas lançou a gravação do samba de enredo para o carnaval desse ano. A trilha sonora do enredo “Xingu - na imensidão do verde ecoa um clamor: essa terra tem dono!”, do carnavalesco Gilber Rosa, é assinada pelo compositor Vitor Rafael, mesmo autor, em parceria, do samba de 2024.

O samba de enredo encomendado, a exemplo do ano passado, foi gravado na voz do intérprete Clovis Pê, consagrado nos carnavais carioca e paulistano.

Vale destacar que a escola verde e branca do bairro Caixa D´água terá três intérpretes na Avenida Condessa do Rio Novo. A tripla harmonia, conforme anunciado pela agremiação, é formada pelos “Três Tenores da Verde e Branco”: Zé Bola, Mário Sempre Samba e Genê.

Programação na quadra

As comemorações pelos 62 anos de fundação têm início na próxima segunda-feira, 6 de janeiro (data da fundação), com a Missa em Ação de Graças, às 19h. Logo após o bolo e ensaio do samba de enredo que será cantado pelos três intérpretes ao som da Bateria Furiosa.

No dia 11 (sábado), a partir das 19h, com entrada gratuita, a festa terá seu ápice com o pagode do grupo Kantaí, a festa de apresentação das musas, apresentação do intérprete Genê cantando o samba de enredo 2025 com Zé Bola e Mário Sempre Samba, apresentação de todos os segmentos da escola e a participação das escolas de samba convidadas: Sonhos de Mixyricka, Independente do Triângulo, Império Sul-Paraibano e União Gaspariense.

*** Ouça o samba pelo Instagram 

Confira a letra do samba de enredo:

O grito ecoa
É o povo da floresta
Essa terra tem dono, esse aqui é meu lugar
O Bom das Bocas é
Voz da preservação
Em tempo de manifestar!


Rio sagrado, presente dos Deuses
Harmonia elementar
Jurupari, o encanto da Iara
Fez Tupã sua ira despejar
Do sacrifício engerou
Protetora das águas
Se tornando a guardiã
Fez o Xingu toda vida abrigar

Canta, dança, caça, pesca
Adornos e maracás
Os espíritos da mata
O pajé...
Evoca nos seus rituais

Carayba chegou
O céu trovejou
Trouxe os ventos da dizimação
O lamento do povo
Virou luta de tantos
Os Villas Boas retrataram esse chão
Gritos de guerra
O som das flautas
Clamam por vitória
Hoje é dia de festa
Onde o Kuarup celebra
O Brasil...
Que faz da sua coroa um cocar!

Imagem: Jonair de Christo



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