Triatleta de Três Rios disputa Ultraman no Havaí em jejum de 72 horas





O triatleta trirriense Alessandro Medeiros, de 54 anos, encara um novo desafio no Mundial de Ultraman, em Kona, no Havaí. A prova, que reúne alguns dos melhores atletas do mundo, teve início nesta sexta-feira (29) e será marcada por um feito inusitado: Medeiros competirá em jejum durante os três dias do evento, totalizando 515 km de desafio.



O atleta é adepto da dieta carnívora há cinco anos e defende uma alimentação baseada em carne vermelha, ovos, peixes e frango. Nas redes sociais, ele vem relatando e registrando parte de seu dia a dia, e afirma que, durante a prova, não consumirá alimentos ou suplementos, buscando mostrar a viabilidade de competir em alto nível com base na energia acumulada. A abordagem é parte de um estudo de caso que culminará na publicação de um artigo científico.



Desafio extremo



O Ultraman Havaí é uma competição de composta por três etapas:



• Dia 1: 10 km de natação no Pier de Kona, na Baía de Kona, seguidos por 145 km de ciclismo, subindo o vulcão Kilauea.

• Dia 2: 276 km de ciclismo, cruzando áreas vulcânicas e costeiras.

• Dia 3: 84,4 km de corrida, completando a circunavegação da Big Island.



Alessandro Medeiros já participou de edições anteriores do Ultraman e de outras provas extremas, como as 100 milhas de Miami. Ele será acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por nutricionista, médico e staff técnico, que monitorará sua saúde durante a competição.



Alessandro busca desafiar conceitos tradicionais de nutrição esportiva, provando que o corpo humano é capaz de performar em jejum e com uma alimentação baseada em “comida de verdade”. “Somos mais adaptáveis à falta de alimentos do que ao estado alimentado. Estudos mostram que nossos ancestrais podiam ficar até 15 dias sem comer”, declarou o atleta a um jornal norte americano.



Além do trirriense, outros dois brasileiros estão entre os 20 classificados para o mundial: Lucas Vilhena e Giusepe Fiamoncini. Os competidores enfrentarão a tradicional rota da Big Island, que inclui terrenos vulcânicos.

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