Bar temático terá, na data comemorativa, o lançamento de um livro sobre os 60 anos do Bambas do Ritmo
Dirceu Duarte comemora o sucesso do Busão do Samba
Redação
Na próxima segunda-feira, 2 de dezembro, é celebrado o Dia Nacional do Samba. E Três Rios não poderia ficar de fora da comemoração à data que celebra o gênero musical genuinamente brasileiro.
Como vem acontecendo desde 2018, o Busão do Samba sairá de frente ao bar temático Benguelê, ao lado da quadra da escola de samba Bambas do Ritmo, às 14h, do dia 7 de dezembro (sábado). A palavra “busão” é uma gíria popular que se refere a ônibus e o veículo tem um itinerário que irá percorrer algumas ruas de Três Rios, passando por locais significativos para os sambistas trirrienses.
Segundo Dirceu Duarte, proprietário do bar temático, esse ano algumas ações movimentarão a atração. Uma delas será a venda dos abadás do Bloco da Barão, que sai tradicionalmente no réveillon trirriense todos os anos sob comando do jornalista, ex-jogador de futebol e escritor José Roberto Padilha.
Outra ação importante, a exemplo de campanhas anteriores, envolve a Associação Luz do Amanhecer, que acolhe e socializa pessoas com paralisia cerebral. Os cartazes e o próprio Benguelê utilizam um QR Code para que mesmo os que não puderem participar do Busão do Samba, possam doar (via PIX) qualquer valor à entidade. Quem for ao bar temático poderá doar leite longa vida para a Luz do Amanhecer.
E como conversa de sambista é samba, a atração musical ficará por conta do grupo Samba Top de Raiz (STR) e convidados, com participação de sambistas trirrienses, de Juiz de Fora-MG e da capital fluminense.
Capa do livro sobre os 60 anos do Bambas
Ainda dentro da comemoração pelo Dia Nacional do Samba, na segunda-feira (2/12), a partir das 20h, acontece no Benguelê o lançamento do livro “Feliz daquele que tem a Vermelho e Branco no coração – 60 anos do GRES Bambas do Ritmo” (editora Uiclap), de autoria do ex-carnavalesco da escola, Fernando Ferreira.
O Benguelê fica na Avenida Rui Barbosa, nº 510, Cantagalo, Três Rios.
Origem da comemoração
Envolvida em controvérsias, a data comemorativa teria inicialmente sido criada em terras baianas, quando o vereador Luís Monteiro da Costa, teve a iniciativa de homenagear Ary Barroso (7/11/1903-9/2/1964), que havia composto a canção "Na Baixa do Sapateiro", que fala da Bahia, embora até aquele momento, o consagrado compositor mineiro ainda não estivesse visitado a capital daquele estado.
Em 2 de dezembro de 1960, Ary foi a Salvador pela primeira vez e a data ficou marcada para sempre no calendário baiano e com o passar dos anos comemorada em outros estados brasileiros.
Porém, alguns registros indicam que, um pouco antes, o deputado estadual Anésio Frota Aguiar, em 19 de novembro de 1962, teria apresentado um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara, propondo que no dia 2 de dezembro fosse instituído o Dia do Samba.
Alguns registros históricos relatam, ainda, que a escolha de tal data, de acordo com o projeto, teria sido uma sugestão do então presidente da Associação Brasileira das Escolas de Samba, Servan Heitor de Carvalho, sob argumento de que naquela data “começavam, por determinação legal, os ensaios das referidas escolas, visando o carnaval do ano seguinte”.
Alguns dias depois, de 28 de novembro a 2 de dezembro, foi celebrado no Rio de Janeiro o I Congresso Nacional do Samba, que foi encerrado com a Carta do Samba.
O documento, redigido pelo etnólogo, folclorista e historiador Edison Carneiro, mencionava em sua sexta página a sanção do projeto de lei de Frota Aguiar que oficializaria a data magna do samba no dia 2 de dezembro.
O projeto de lei, porém, teve o veto do então governador da Guanabara Carlos Lacerda e só se tornou lei em 7 de agosto de 1964, com a derrubada do veto pelos deputados guanabarenses.
Sendo a partir desse acontecimento, que o vereador soteropolitado, teria tido conhecimento do fato e sugerido a data aos membros do legislativo da capital baiana.
Imagens: Reprodução
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