Outubro Rosa: prevenção e desafios no combate ao câncer de mama



Redação

Com a previsão de mais de 73 mil novos casos de câncer de mama para 2024, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Outubro Rosa volta a destacar a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce dessa doença que é a mais comum entre as mulheres no Brasil.

O câncer de mama representa cerca de 29,7% dos diagnósticos de câncer no país. Diante desse cenário, especialistas reforçam que a detecção precoce pode aumentar as chances de cura em até 95%. O ginecologista Juan Carlos Quiroga Galvan, da Clínica Censo, enfatiza: “O câncer de mama pode ser tratado com muito mais eficácia quando diagnosticado no início. O Ministério da Saúde recomenda a mamografia para mulheres a partir dos 50 anos, e a Sociedade Brasileira de Mastologia a partir dos 40, mas é aconselhável conhecer o próprio corpo e conversar com o seu médico sobre a necessidade de realizar o exame em outras idades”.

Prevenção e fatores de risco

Apesar de mais comum entre mulheres com mais de 50 anos, o câncer de mama também pode atingir pessoas mais jovens e, em alguns casos, os homens. A conscientização sobre os fatores de risco modificáveis pode ser uma importante aliada no combate à doença. Estilo de vida, por exemplo, desempenha um papel fundamental na prevenção. Alguns hábitos que aumentam o risco incluem:

• Consumo de álcool

• Sedentarismo

• Excesso de peso

• Tabagismo

• Exposição à radiação

Ao adotar hábitos mais saudáveis e realizar exames regulares, é possível reduzir o risco e aumentar as chances de um diagnóstico precoce. “A campanha é uma oportunidade para lembrar que o autoexame é importante, mas não substitui a mamografia, que é o exame mais eficaz para detectar a doença em estágios iniciais”, reforça o Dr. Galvan.

Desafios no acesso ao diagnóstico e tratamento

Embora a campanha Outubro Rosa tenha ampliado a conscientização, ainda existem desafios significativos para garantir que todas as mulheres tenham acesso ao diagnóstico e tratamento adequados. A desigualdade no sistema de saúde público e privado, bem como a falta de infraestrutura em regiões mais afastadas, são obstáculos que precisam ser superados. Muitas mulheres, especialmente em áreas rurais, enfrentam dificuldades para realizar exames como a mamografia, o que atrasa o diagnóstico e compromete as chances de cura.

Além disso, o estigma e o medo em torno do câncer de mama ainda impedem muitas mulheres de buscarem ajuda médica. Figuras públicas que venceram a doença, como a apresentadora Ana Furtado, desempenham um papel importante ao compartilhar suas experiências e encorajar outras mulheres a priorizarem a saúde. O testemunho de celebridades como ela ajuda a desmistificar o câncer de mama e a promover o diálogo aberto sobre a importância do diagnóstico precoce.

A importância da campanha Outubro Rosa

Desde a criação do movimento Outubro Rosa, nos anos 90, o laço cor-de-rosa tornou-se um símbolo internacional da luta contra o câncer de mama. O objetivo da campanha é educar a população sobre a doença, destacar a importância do diagnóstico precoce e promover o acesso a exames e tratamentos. A conscientização é uma ferramenta essencial para garantir que mais mulheres estejam atentas aos sinais da doença e procurem o atendimento médico adequado o quanto antes.

Neste Outubro Rosa, o foco está não apenas na prevenção, mas também na luta por melhores políticas públicas de saúde que garantam o acesso universal ao diagnóstico e tratamento. Especialistas alertam que, além da conscientização, é necessário investir em tecnologias e infraestrutura que permitam uma detecção rápida e eficaz em todas as regiões do Brasil.

Assim, enquanto a campanha Outubro Rosa continua crescendo e mobilizando a sociedade, é importante lembrar que o combate ao câncer de mama depende do compromisso contínuo com a saúde, a prevenção e o acesso a cuidados de qualidade para todas as mulheres.

Imagem: Reprodução


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