Com mais uma campanha irretocável, trirrienses chegam ao segundo título em três anos e enterram de vez fama de vice. Questionamento passa a ser apenas um: até onde mais esse time pode chegar?
André Branco foi o autor de 2 dos 3 gols de Três Rios na final. Foto: Daniel Silva
Mas nada é apenas obra do acaso. É preciso ajudá-lo. E quando Três Rios marcou seu quarto gol, todo o esforço daqueles atletas, que treinam diariamente e sofreram com uma derrota traumática no ano passado, foi recompensado. Porque quando se junta a geração de ouro da cidade, nada é impossível. Podem aparecer os dois gols de André Branco, que deveria ter “decisivo” como sobrenome. Pode surgir a liderança de Jailson Veiga. A juventude de Kayan. A habilidade de Arthur Assis. Jogadores talhados para grandes momentos, uma reunião de talentos capazes de fabricar vitórias contra os prognósticos.
Mas, como nada na vida de um trirriense pode ser premeditado, tem que ser sempre na raça, no 8 ou 80, o gol viera de um atleta que não fez parte das últimas campanhas anteriores. Guilherme, que há menos de 3 meses estava jogando contra o Barcelona na Espanha, veio reforçar o elenco na reta final do mata-mata. E que reforço.
Fixo Guilherme foi o autor do gol de empate que deu o título a Três Rios. Foto: TV Rio Sul
É curioso, ainda, quando um final parece a metáfora de uma caminhada. Quase tudo de extraordinário que Três Rios fez nestes últimos três anos contraria algumas das cartilhas do futsal. Não é comum um time chegar pela terceira vez consecutiva numa final de Rio Sul sendo campeão invicto pela segunda vez; não é normal um técnico recém formado, que estava no elenco campeão há duas temporadas ainda como jogador, ter uma capacidade tática tão acima dos demais. E não é normal ganhar o jogo mais importante do ano, a final da Copa Rio Sul, vendo o adversário impedi-lo de se manifestar, sendo menos imponente do que habitualmente se é.
Três Rios tem mais armas do que exibiu em Valença. Mas quando há tanto talento, os gols brotam.
Glinger, de Frontin, recebeu passe dentro da área e finalizou de letra para desempatar a partida. Uma verdadeira pintura. A torcida de Paulo de Frontin estava eufórica, parecia tudo definido. 3 a 2.
Precisando do gol, o técnico Rafael Buteco colocou André Branco, que já havia feito dois, de goleiro linha. A 14 segundos do fim, parecia mais uma medida de desespero do que uma grande estratégia tática. Até a jogada do lateral nascer.
Foto: Daniel Silva
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Equipe conquistou o tricampeonato de maneira invicta. Foto: Daniel Silva
Foi um prato cheio para quem acredita que o futsal é uma metáfora da vida, uma fábrica de lições sobre ganhar, perder, não desistir. Foi também uma jornada em que o futsal ofereceu lições sobre ele mesmo, e cada um pode escolher a sua. É possível interpretar esta abordagem final entre Três Rios e Paulo de Frontin de diversas maneiras: como uma demonstração da natureza indomável do futsal; como prova de que o jogo pertence aos jogadores, capazes de superar estratégias e duelos táticos; ou como um alerta de que, em certos momentos, tentar explicar o futsal com pura racionalidade pode ofuscar sua essência. Há momentos que simplesmente acontecem. E em Valença, no último sábado (22), eles aconteceram de uma forma que nenhum trirriense jamais esquecerá.
Nada indicava uma saída. Após dominar Paulo de Frontin durante quase todo o jogo, Três Rios parou no goleiro Aranha em diversas oportunidades. Mesmo assim, André Branco marcou dois gols e empatou a partida, mas viu Frontin tomar a dianteira faltando um minuto para o fim.
Racionalmente, parecia mesmo não haver. Até que surgiu o gol de Guilherme.
Foi um prato cheio para quem acredita que o futsal é uma metáfora da vida, uma fábrica de lições sobre ganhar, perder, não desistir. Foi também uma jornada em que o futsal ofereceu lições sobre ele mesmo, e cada um pode escolher a sua. É possível interpretar esta abordagem final entre Três Rios e Paulo de Frontin de diversas maneiras: como uma demonstração da natureza indomável do futsal; como prova de que o jogo pertence aos jogadores, capazes de superar estratégias e duelos táticos; ou como um alerta de que, em certos momentos, tentar explicar o futsal com pura racionalidade pode ofuscar sua essência. Há momentos que simplesmente acontecem. E em Valença, no último sábado (22), eles aconteceram de uma forma que nenhum trirriense jamais esquecerá.
Nada indicava uma saída. Após dominar Paulo de Frontin durante quase todo o jogo, Três Rios parou no goleiro Aranha em diversas oportunidades. Mesmo assim, André Branco marcou dois gols e empatou a partida, mas viu Frontin tomar a dianteira faltando um minuto para o fim.
Racionalmente, parecia mesmo não haver. Até que surgiu o gol de Guilherme.
Mas nada é apenas obra do acaso. É preciso ajudá-lo. E quando Três Rios marcou seu quarto gol, todo o esforço daqueles atletas, que treinam diariamente e sofreram com uma derrota traumática no ano passado, foi recompensado. Porque quando se junta a geração de ouro da cidade, nada é impossível. Podem aparecer os dois gols de André Branco, que deveria ter “decisivo” como sobrenome. Pode surgir a liderança de Jailson Veiga. A juventude de Kayan. A habilidade de Arthur Assis. Jogadores talhados para grandes momentos, uma reunião de talentos capazes de fabricar vitórias contra os prognósticos.
Mas, como nada na vida de um trirriense pode ser premeditado, tem que ser sempre na raça, no 8 ou 80, o gol viera de um atleta que não fez parte das últimas campanhas anteriores. Guilherme, que há menos de 3 meses estava jogando contra o Barcelona na Espanha, veio reforçar o elenco na reta final do mata-mata. E que reforço.
É curioso, ainda, quando um final parece a metáfora de uma caminhada. Quase tudo de extraordinário que Três Rios fez nestes últimos três anos contraria algumas das cartilhas do futsal. Não é comum um time chegar pela terceira vez consecutiva numa final de Rio Sul sendo campeão invicto pela segunda vez; não é normal um técnico recém formado, que estava no elenco campeão há duas temporadas ainda como jogador, ter uma capacidade tática tão acima dos demais. E não é normal ganhar o jogo mais importante do ano, a final da Copa Rio Sul, vendo o adversário impedi-lo de se manifestar, sendo menos imponente do que habitualmente se é.
Três Rios tem mais armas do que exibiu em Valença. Mas quando há tanto talento, os gols brotam.
A euforia
Num único aspecto a final de Valença parecia não refletir os últimos anos de Três Rios: o time, acostumado às viradas e superação, recebia o revés. No minuto 19, a um do fim, os trirrienses sofreram uma espécie de déjà vu. A derrota do ano passado voltara às mentes dos torcedores com o gol da virada de Paulo de Frontin. Parecia tudo perdido. O segundo vice seguido e as memórias de uma cidade que já foi conhecida pelos fracassos na competição voltavam à tona. Era até angustiante.Glinger, de Frontin, recebeu passe dentro da área e finalizou de letra para desempatar a partida. Uma verdadeira pintura. A torcida de Paulo de Frontin estava eufórica, parecia tudo definido. 3 a 2.
Precisando do gol, o técnico Rafael Buteco colocou André Branco, que já havia feito dois, de goleiro linha. A 14 segundos do fim, parecia mais uma medida de desespero do que uma grande estratégia tática. Até a jogada do lateral nascer.
Torcida trirriense comemora o título. Foto: Daniel Silva
No último lance do jogo, com toda a pressão de precisar empatar para ficar com título, a equipe teve a calma necessária para, em três toques, fazer história mais uma vez. Jailson tocou para André Branco que, na lateral da área, dominou, esperou a aproximação do goleiro e tocou com a parte externa do pé direito para Guilherme, o pivô, que, bem posicionado, de primeira, empurrou para o fundo da rede.
Este tricampeonato solidifica o reinado de Três Rios no cenário do futsal regional e coroa uma geração de ouro. A imponência e o domínio demonstrados em cada partida, aliados às conquistas, elevaram este elenco a um patamar ímpar na história do esporte trirriense. A pergunta agora passa a ser apenas uma: até onde mais esse time pode chegar?
No último lance do jogo, com toda a pressão de precisar empatar para ficar com título, a equipe teve a calma necessária para, em três toques, fazer história mais uma vez. Jailson tocou para André Branco que, na lateral da área, dominou, esperou a aproximação do goleiro e tocou com a parte externa do pé direito para Guilherme, o pivô, que, bem posicionado, de primeira, empurrou para o fundo da rede.
Este tricampeonato solidifica o reinado de Três Rios no cenário do futsal regional e coroa uma geração de ouro. A imponência e o domínio demonstrados em cada partida, aliados às conquistas, elevaram este elenco a um patamar ímpar na história do esporte trirriense. A pergunta agora passa a ser apenas uma: até onde mais esse time pode chegar?
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