A desconexão entre setores do serviço público em plena revolução da Inteligência artificial

Nada justifica a atual desarticulação entre serviços públicos pagos pelos contribuintes através de altos impostos e inúmeras taxações cobradas nas três esferas de governo para manter um sistema inoperante e extremamente desorganizado, que não atende as necessidades fundamentais da sociedade, quando nele se busca atendimento. Sem sistematização e interconexão dos setores públicos, ocorre o tradicional bate-cabeças entre servidores públicos atuantes na absoluta maioria dos órgãos, formal, administrativa e legalmente, criados para desenvolver e implementar meios resolutivos para demandas específicas da sua área. Muitos ainda utilizam registros em papel, às vezes, anotados informalmente em folhas soltas de formulários que acabam sendo engavetadas por muito tempo, sabe-se lá onde, perdendo-se e causando drásticas consequências para quem de maior interesse, o contribuinte, além de requerer que este refaça todo o processo de solicitação, sem quaisquer garantias de solução.Essa bagunça proporcionada por um sistema público caduco e desintegrado é inadmissível face aos frequentes instrumentos da inovação tecnológica de informação e comunicação, mas para quer esses operem é preciso planejamento estratégico, equipamentos, materiais e profissionais capacitados, habilitados, dedicados e compromissados com o bem atender aos seus reais patrões, os contribuintes.

Mesmo reconhecendo seu caráter desintegrado com setores essenciais na composição e andamento dos processos no âmbito interdisciplinar de áreas específicas, gestores públicos de alto escalão governamental decidem, aleatoriamente, sistematizar os atendimentos ao público, por desconhecer a precariedade predominante nos ambientes e equipes sob sua responsabilidade. Desconhecem em razão de se negar a descer de confortáveis gabinetes e constatar em loco a dinâmica precarizada de trabalho dos seus subordinados, a exemplo do que ocorre na Secretaria de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro. Particularmente, no que se refere aos trâmites de solicitação de isenção de IPVA para condutores com deficiência, habilitados para conduzir veículo adaptado às suas características específicas, pois inexiste compartilhamento sistematizado dos demais órgãos que o integram, como os registros disponíveis no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Sem interconexão entre as partes não há engrenagem que funcione, uma questão de lógica e racionalidade que pode ser evidenciada nessa fajuta sistematização imposta pelo Estado do Rio de Janeiro, que tantos prejuízos e transtornos causam às pessoas com deficiência e seus familiares.

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