Liderança efetiva – Parte IV



Liderança... palavra ancestral que remete nossa herança na dança temporal. Algumas nos brindaram com o bem e bonanças, outras com o mal. Qual será a dose certa e o que podemos aprender com a história e os diferentes tipos de liderança? Para compreendermos sobre algum assunto, podemos buscar conhecer melhor os porquês, também os “comos”...Podemos perceber que existe cada vez mais, possibilidades de se obter conhecimentos variados no cenário contemporâneo, que vive um paradoxo de desinformações e vícios digitais, frutos de um mundo que sobrevive cada vez mais no “modo automático”. Como quase tudo na vida, usufruir dos avanços contemporâneos ou se deixar naufragar, depende cada vez mais das escolhas, dos planejamentos e das sementes do equilíbrio, advindas da sabedoria.

A liderança é algo que existe na natureza há milhares e milhares de anos. Podemos observar inúmeros tipos de lideranças na história da humanidade. Dificilmente não ouvimos falar em reis, rainhas, líderes religiosos, faraós, imperadores, imperatrizes, líderes políticos, lideranças estudantis, empresariais, etc.

Para compreender de forma mais abrangente o assunto, podemos observar os principais tipos de lideranças, sendo elas:

Liderança Democrática; L. Burocrática; L. Carismática; L. Autocrática; L. Transformacional; L. Transacional; L. Laissez-Faire; L. Situacional; L. Coach; L. Servidora; L. Visionária; L. Estratégica; L. Afiliativa; L. Inspiradora; L. Colaborativa; L. Instrumental; L. Estrutural.

Sabe-se que o trabalho e a liderança estão intrinsicamente ligados, mesmo que a atividade laboral dependa exclusivamente do indivíduo, indivíduo que precisará gerir ainda mais a sua capacidade de utilizar a chama motriz que reside em cada um de nós; algo desejável em qualquer equipe de trabalho, em todas as épocas da história. Me atrevo a dizer que o âmago dessa chama se encontra nas bases do propósito, da esperança e da fé do verbo acreditar. Liderar nem sempre é algo fácil, pois exige determinação e esforço, quando pura, não se baseia em querer ser melhor do que os outros ou agir de má-fé, até porque, quando se está em um cargo “superior” e se perde as raízes do bom senso, o desfecho provavelmente será tóxico em determinado tempo, pois a colheita do plantio tende a romper o solo.

Você já deve ter percebido que liderar exige sair da zona de conforto, dedicar tempo, energia e esforço; não podemos deixar de lado o bom e velho jogo de cintura... Pois é, a liderança também pode ser vista como um alvo, por acabar por se tornar um tipo de estandarte em determinados contextos. Quando mais novo, ouvia minha mãe dizer que, determinadas árvores frutíferas e prósperas, eram as que mais eram cutucadas e levavam pedradas nos jardins de casa, principalmente porque existiam árvores que transcendiam os limites dos jardins e davam frutos no lado de fora. É, por vezes as pedradas não vêm só de dentro ou de fora, às vezes vêm de ambos os lados, mas, as árvores mais fortes e frutíferas não desistem e continuam seu ciclo, gerando novas árvores e as fortalecendo... Acredito que as árvores podem nos ensinar muito. No livro mais lido e distribuído da humanidade, existe uma passagem onde Jesus passa por uma figueira viçosa, mas, que não gerava frutos, e a amaldiçoa através da “Palavra”. A figueira na Bíblia representa a prosperidade, bênçãos e frutificação. A figueira estava com folhas, mas não possuía frutos, sendo assim, por sua folhagem não fazer jus ao seu propósito, a figueira acabou sendo amaldiçoada e secou. A passagem parece possuir um simbolismo, que para ser melhor compreendida precisaria de um aprofundamento maior, mas, podemos trazer essa passagem para as nossas vidas, no que tange sermos produtivos ou estéreis, ainda mais quando possuímos e apresentamos folhagens sem frutos. Vale destacar, que Jesus é considerado por muitos, o maior líder da história, independente de religiosidade. Acredito que existe um tempo para todas as coisas, tempo de dar frutos e tempo de trocar as folhas, conforme a necessidade e o propósito, quando alteramos as bases do equilíbrio e nos perdemos do propósito, acabamos por aumentar as chances de perdermos o centro de gravidade.

Vale destacar, que metas sem propósitos possuem mais chances de ruir. Costumo dizer que: “meta sem métodos, sem indicadores e planejamento estratégico, é um sonho que não pisa no solo da realidade produtiva”.“Toda liderança, para ser mais efetiva e possuir melhor sinergia, precisa de energia, esforço e empatia”. Existe uma linha divisória que separa, buscar se tornar a melhor versão de si, de se tornar melhor do que os outros por vaidade. Muitas pessoas confundem isso. Nem sempre é fácil conseguir compreender a respeito. Se olharmos para Pelé, Ayrton Senna, Cristiano Ronaldo, Michael Jordan e demais exemplos, podemos vê-los como vencedores comprometidos com a melhoria contínua ou como pessoas obcecadas por serem melhores, a diferença está nos corações, na forma de ver ou enxergar, e,nos resultados. Não é incomum pessoas que estão na zona de conforto se incomodarem com pessoas que estão comprometidas em transcender e se tornarem melhores versões. Não é diferente na vida, no trabalho, no dia a dia, principalmente quando envolve liderança. “A preguiça possui suas iscas e armadilhas ao longo do caminho; cabe a nós nos tornarmos pontes ou ilhas”...

Costumo dizer que: “para atingir um bom alvo é sensato mirar alto com os pés no chão”. Ouso dizer que: “sem visão, propósito, determinação, esforço, empatia e ousadia, nos perdemos das raízes da sinergia”.

“Tenha como pilar o planejamento, a organização, motivação, engajamento e as pessoas; não julgue as coisas fora do tempo”.

“Qualquer pirâmide com a base frágil está fadada a ruir em determinado momento”.

Até o próximo artigo!...

“Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história”.

“Apenas o homem pode tornar-se o canibal de si mesmo”.

Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.

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