Repercute, ainda hoje, em muitas mentes e corações a Mensagem Natalina do Papa Francisco, na qual convidou-nos à alegria pelo anúncio do nascimento do Salvador feito pelo anjo. Acolhendo o Príncipe da Paz, motivou-nos a dizer “não” à guerra, “que é viagem sem destino, derrota sem vencedores, loucura indesculpável”.
O Papa iniciou sua mensagem afirmando que o olhar e o coração dos cristãos de todo o mundo estão voltados para Belém; “lá, onde nestes dias reinam a dor e o silêncio, ressoou o anúncio esperado há séculos: ‘Nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor’ (Lc 2, 11)”. Esse anúncio feito pelo anjo é uma grande alegria, a “alegria do Espírito Santo, a alegria de ser filhos amados”. O Papa motivou a alegrarmo-nos “pela graça da luz de Deus que prevalece sobre as trevas do mundo”.
Um dos nomes do Salvador que nasce em Belém, segundo o profeta Isaías, é “Príncipe da Paz”. E o Papa convida a dizer sim a Ele, que é oposto ao “príncipe deste mundo”, o qual atua contra o Senhor, “semeando a morte”. “Vemo-lo atuar em Belém, quando, depois do nascimento do Salvador, se verifica a matança dos inocentes. Quantas matanças de inocentes no mundo! No ventre materno, nas rotas dos desesperados à procura de esperança, nas vidas de muitas crianças cuja infância é devastada pela guerra. São os pequeninos Jesus de hoje, estas crianças cuja infância é devastada pela guerra, pelas guerras”.
E dizer sim ao Príncipe da Paz significa dizer “não” à guerra, com coragem: “Dizer ‘não’ à guerra, a toda a guerra, à própria lógica da guerra, que é viagem sem destino, derrota sem vencedores, loucura indesculpável”. E dizer não também às armas: “Quantos massacres armados acontecem num silêncio ensurdecedor, ignorados de tantos! O povo, que não quer armas, mas pão, que tem dificuldade em acudir às despesas cotidianas, ignora quanto dinheiro público é destinado a armamentos”
Lembrando o profeta Isaías, motivou esforço com a ajuda de Deus para que se aproxime o dia em que os homens transformem “suas espadas em relhas de arado, e as suas lanças em foices” (Isaías 2, 4). Francisco citou os conflitos e pediu pela paz em Israel e na Palestina, na Síria, no Iémen, no Líbano, na Ucrânia, na Armênia e no Azerbaijão, no Sudão, em Camarões, na República Democrática do Congo e no Sudão do Sul, na península coreana.
Sobre o nosso continente americano, pediu que o Menino Deus “inspire as autoridades políticas e todas as pessoas de boa vontade para se encontrarem soluções idôneas a fim de superar os dissídios sociais e políticos, lutar contra as formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, aplainar as desigualdades e enfrentar o doloroso fenômeno das migrações”.
Francisco fez votos de que o tempo de preparação para o Jubileu de 2025 “seja ocasião para converter o coração; para dizer «não» à guerra e «sim» à paz; responder com alegria ao convite do Senhor que nos chama, como profetizou Isaías, «para levar a boa-nova aos pobres, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros» (61, 1)”.
E, para nós brasileiros, nessa perspectiva do Papa Francisco, assumamos com maturidade cívica o dever do voto responsável nas escolhas de prefeitos e vereadores, competentes e igualmente éticos, por uma política democrática pela vida de todos!
Medoro, irmão menor-padre pecador
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