Câmara aprova criação da bancada negra

Aprovação não vai gerar custo adicional para a Casa



Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1º), projeto que cria a bancada a ser composta por parlamentares negros.

A bancada terá direito a usar palavra todas as semanas por cinco minutos, durante o período das Comunicações de Liderança, com o objetivo de expressar a posição dos integrantes. Também poderá participar da reunião de líderes da Casa, com direito a voz e voto. Será formada por um coordenador-geral e três vices-coordenadores.

Com a aprovação, a proposta irá para a promulgação.

“Nada mais justo para um Brasil que não avançou na democracia racial”, disse a deputada federal (foto) Talíria Petrone (PSOL-RJ), autora do Projeto de Resolução 116/23 junto com o deputado Damião Feliciano (União-PB).

Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), a criação da bancada é um reconhecimento histórico. “Neste momento, me sinto recompensada. Agora tenho uma bancada, que vai dar continuidade a uma luta.”

De acordo com o relator do projeto, Antonio Brito (PSD-BA), dos 513 deputados, 31 se declaram pretos e 91, pardos. Desta forma, a bancada negra irá representar 24% dos deputados federais, “revelando-se incontroversa a legitimidade de sua criação”.

O relator acrescentou que a bancada não significará custo adicional para a Câmara, por não demandar cargos, salas ou assessoria. *Com informações da Agência de Notícias da Câmara dos Deputados


1 Comentários

  1. Que aprovação mais despropositada! Prega-se no mundo a inclusão de todos os povos, independentemente de posição social ou racial, agora surge no país a bancada negra no Parlamento, tipo um apartheid tupiniquim.
    Também, por extensão, deveria ser oficializada a bancada feminina, a bancada masculina, a bancada homoafetiva, a bancada indígena, a bancada da bala, a bancada evangélica, a bancada católica e outras idiotices.
    Trata-se, portanto, de invenções estapafúrdias de quem não tem projeto ou compromisso sério com as causas que afligem a sociedade e a nação. Aliás, isso fere o art. 5º da Constituição Federal ao individualizar bancadas, quando todos os parlamentares deveriam ser tratados no mesmo bojo parlamentar, sem classificação.
    Tal absurdo só fortalece a existência de gueto e remonta ao período escravocrata, que deveria ser sepultado, porque nenhum de nós, hoje, tem culpa da época da senzala.
    Como se perde tanto tempo com instituição de lei esdrúxula, quando muita coisa importante não é tratada e resolvida em prol da sociedade e do país.

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