Roberto Jefferson vai a júri popular por tentativas de homicídios contra agentes da PF

 


A juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, decidiu mandar a júri popular o ex-deputado federal Roberto Jefferson, acusado de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais em Levy Gasparian, no ano passado.

Na ocasião, ocorrida em 23 de outubro — uma semana antes do segundo turno das eleições — os agentes estiveram na residência do acusado para prendê-lo por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A magistrada manteve ainda a prisão preventiva de Roberto Jefferson. No momento, o acusado está internado no Hospital Samaritano, na capital do Rio, com autorização do ministro Alexandre de Moraes.

Em maio deste ano, Jefferson admitiu durante seu interrogatório que atirou cerca de 50 vezes e que arremessou três granadas de luz e som contra os quatro agentes da PF, mas que não teve a intenção de matá-los. Dois agentes da PF tiveram ferimentos leves.

A juíza reconheceu a existência de conexão da tentativa de homicídio com os crimes de resistência qualificada, posse ilegal de arma e de três granadas adulteradas.

Em agosto, o Ministério Público Federal havia pedido que o ex-deputado fosse a júri popular por quatro tentativas de homicídio com dolo eventual e seja condenado pelos crimes. Os procuradores também pediram que Roberto Jefferson fosse julgado por outros crimes, como resistência armada, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse/porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, posse de artefatos explosivos sem autorização e adulterados e dano qualificado.

"A letalidade (granadas adulteradas e carabina), a desproporcionalidade do armamento bélico utilizado pelo acusado (os policiais portavam pistolas e estavam sem coletes), a quantidade de munições e de tiros desferidos (sessenta), o conhecimento e a expertise do acusado com a utilização desse tipo de armamento, demonstram que o acusado assumiu o risco de produção do resultado morte dos policiais federais", diz um trecho do documento do MPF.

Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado. Em julho deste ano, o ex-deputado deixou Bangu 8 para receber tratamentos mais específicos para o seu caso no Hospital Samaritano.

Em nota à imprensa, a defesa de Roberto Jefferson disse que “os advogados João Pedro Barreto e Juliana França David, que integram a defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson, informam que muito embora respeitem a decisão do Juízo Federal de Três Rios, discordam que Jefferson deva ir a júri popular, e aguardam intimação para se manifestarem nos autos."

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