Em Busca da Excelência – Parte VI

A excelência é o resultado de um sonho e de toda uma jornada, mas, talvez a jornada e a busca contínua por melhores visões e versões seja mais importante do que muitos bons resultados em si.

O dicionário nos diz que a excelência é o que é muito bom; um grau elevado de perfeição.

Mas o que seria a perfeição em um mundo tão volátil, peculiar e subjetivo?

Para que possamos compreender melhor todo o universo em expansão que é o ser humano e todas as raízes do cenário das invenções, talvez sejam necessárias algumas inversões para que possamos sair dos modos automáticos do contexto.

Anos atrás, quando o acesso as informações era mais difícil do que na realidade contemporânea, procurei desenhar, ouvir e procurar compreender o que ouvia, ler e escrever, procurando compreender o que lia e escrevia; como não haviam muitas pessoas para me ensinar isso na ocasião, tive que aprender de um modo um pouco mais difícil e fora dos padrões de muitos da minha idade na época; aprendi a me tornar autodidata, algo que se tornou parte do meu dia a dia, desde de pequeno... Toda essa curiosidade e vontade de aprender de forma abrangente chamava a atenção de algumas pessoas, era motivo de orgulho para meus pais e professores (as), de preocupação para alguns que não compreendiam aqueles passos, e de chacota por parte dos que não buscavam trilhar caminhos semelhantes, no entanto, eu sentia que o universo do conhecimento e da saberia sempre foram magníficos e surpreendentes... quanto mais eu buscava, mais eu caminhava e percebia que existiam muitas oportunidades de aprimorar falhas, de compreender coisas que jamais haviam me ensinado, mesmo tendo sido talhadas por grandes mestres em algum lugar e em algum outro tempo. Ninguém poderia fazer o que cabia a minha pessoa fazer, ninguém poderia assumir as minhas responsabilidades e poucos me ajudavam a compreender as minhas curiosidades, que haviam se tornado necessidades diante de um caminho de busca. Foi nessa época da minha vida, ainda muito novo que comecei a aprender que: “tudo é muito, tudo é mundo”. Mas eu sempre almejei compreender melhor e ao menos tocar os frutos desse mundo de que é muito...

Para desenhar com melhor perfeição, procurei fugir um pouco do modo automático de ver as coisas e comecei a desenhar de cabeça para baixo, algo que de início foi mais difícil, mas que me ajudou a enxergar as coisas de um modo diferente e me proporcionou melhores níveis enquanto criança. Posteriormente descobri a existência dessa técnica utilizada por alguns desenhistas profissionais. Mal sabia que anos depois, aquelas variadas buscas me ajudariam a contribuir de forma significativa em projetos, em desenhos técnicos feitos em campo, com a elaboração de documentos, produção de artigos, variados conteúdos literários e digitais, e em meus contatos e trabalhos com milhares de pessoas ao longo dos anos em diversos contextos. Todas as buscas e dedicações tem me ajudado a ser uma melhor versão e uma melhor versão para os outros, principalmente para os que estão dando passos nos caminhos da busca da excelência...

Com o passar do tempo percebi que novos métodos e tecnologias surgiam diante de meus olhos, e que muitas coisas importantes deixavam de existir no dia a dia de muitas pessoas ou que as pessoas simplesmente as substituíam, que as lançavam no ostracismo. Percebi-me parte de um mundo em ebulição e que muitos sequer prestam a devida atenção no mundo que reside dentro e do lado de fora do coração, e dos cenários da percepção. Para percebermos melhor se faz necessário ter e buscar aguçar a sensibilidade, e aumentar a dedicação.

Tenho percebido progressos significativos, mas muitas pessoas se perdendo em meio a muitos lixos que de certo modo as automatizam e colaboram para que se percam, para que percam a capacidade de saber ler e compreender melhor os códigos, interpretar e colaborar para a existência de um mundo melhor, seja na área pessoal, profissional, social ou psicosocioespiritual de forma geral como muitos acreditam; termo adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para que possamos alcançar melhores resultados precisamos de melhores ferramentas, conhecer tais ferramentas e metodologias, saber utilizá-las, porque, como e quando.

Sabemos que metodologia é uma palavra que deriva de método, palavra que vem do Latim “methodus”, sendo seu significado “caminho ou trajeto, via para a realização de alguma coisa, de algum projeto, algum objetivo”, tais objetivos são advindos de sonhos, do mundo dos pensamentos e de necessidades, nem que sejam necessidades não coletivas e sim pessoais.

Vale ressaltar que o método é um processo que visa o atingimento de um determinado fim ou para se alcançar determinado conhecimento sobre algo. Tais cenários visam os melhores caminhos e passos para o atingimento de melhores resultados, que podem ser mensurados através de métricas, métricas que são formas de medir diferentes prismas de um sonho, projeto, processo, objeto ou resultado; algo que nem sempre é fácil de praticar, muito menos com excelência, pois, envolve visão, dedicação, tempo, energia, atenção, cuidados necessários, responsabilidades, estratégias bem definidas, alinhamentos, desenvolvimento, padrões, disciplina, jogo de cintura, humildade, sensibilidade, versatilidade e boa-fé, boa vontade...

Em suma, a excelência se mostra algo necessário para o atingimento de melhores resultados e menores probabilidades de prejuízos, e estragos... A excelência envolve desafios e obstáculos que precisam ser superados em busca do mais para mais ao invés do mais ou menos ou mais para menos. A excelência não está presente na maioria das mesas. A excelência é um prato que nem todos conhecem “verdadeiramente” ou almejam. A excelência é um prato que nem todos desejam preparar, cozinhar, servir e degustar, mas, sem melhores alimentos e comprometimento todo o organismo se encontrará em desalinhamento, findando em desperdícios de energia, provimentos e de tempo.

Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.


Por Jhean Garcia
Imagem: Pixabay

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