Em busca da excelência – Parte IV



Começo este artigo fazendo uma pergunta: como você tem lidado com as adversidades do dia a dia?...Na vida, seja no ambiente social, familiar, no que muitos chamam de vida pessoal, na relação interna, no ambiente profissional, que não deixa de ser um ambiente social, apesar de existir o fator “laboral”, que envolve uma série de direitos, mas, muitos deveres, que exigem comportamentos sensatos;por vezes nos deparamos com determinadas adversidades. Costumo dizer que existem problemas e obstáculos, sendo os obstáculos coisas e/ou situações que exigem perspicácia, versatilidade, inteligência, jogo de cintura e atitude; já os problemas, são mais complexos, exigem planejamento estratégico e envolvem muito das competências, habilidades, atitudes, persistência e a busca pela excelência, que finda em passos em prol da sabedoria que não é sinônimo de conhecimento no contexto dessa série, conforme mencionado anteriormente.

Diante das adversidades existem muitas escolhas, todavia, me atrevo a sintetizar que existem duas principais escolhas, sendo elas: agir como lobos ou como presas fáceis de serem devoradas pelo contexto do ambiente. Ressalto que ser lobo não se refere necessariamente a ter como objetivo ser melhor do que outras pessoas e agir sem valores éticos e morais, sem o bom senso, mas, a ser mais independente, saber agir em grupo e ser mais útil para si, e melhor para os outros. Semelhante as águias, os lobos buscam e lutam por seus objetivos, tendo que lidar com inúmeras “intempéries”; problemas e obstáculos, que costumam encarar como verdadeiros “desafios”, desafios que colaboram para o progresso em prol da excelência, da melhoria contínua...Podemos aprender com as palavras“ser e se”...“o que deve ser é diferente de ser”, e o “se”, não chegou a “ser”. Por vezes nos minamos e nos questionamos no “se”; se eu tivesse feito isso e aquilo, hoje em dia... o “se” existiu e existe na mente de alguma forma, mas, ele não se materializou, sendo assim, podemos resinificar e progredir ao invés de nos minarmos no “estado se”.

Na vida existem tribulações, altos e baixos, mas, podemos escolher como passar por esses momentos, sabendo que residimos no agora, que o futuro será a morada de um novo agora. Costumo ressaltar no dia a dia que:“a vida não é um concurso de popularidade, e que conhecimento não é sinônimo de sabedoria”.

“Dificilmente quem não contempla o aprender conseguirá brindar com a arte de ensinar”. Também poderia dizer simplesmente que: “quem não serve para contemplar o aprender, dificilmente servirá e conseguirá brindar com a arte de ensinar”. E se fosse um pouco mais direto, um pouco mais metódico, levando em conta determinadas estatísticas e realidades, poderia afirmar que as probabilidades das frases a seguir são muito gritantes... “quem não se propõe a aprender, não servirá para ensinar”, ou ainda: “quem não serve para aprender, não serve para ensinar”. Sei que parece um pouco duro de ler tais palavras, mas, elas representam a realidade de boa parte da sociedade global, que está muito no “modo automático” e nas versões mais para menos ou mais ou menos, ao invés de assumirem a postura de mais para mais. É claro que existem pessoas com dificuldades de aprendizagem, não me refiro a tais pessoas; por sinal, muitas dessas pessoas podem aprender e ensinar, superando obstáculos com boas estratégias,bons suportes, e apoios necessários.Em suma, me refiro a boa parte da população e de sua “postura”...

Quem almeja liderar precisa tornar-se o líder de si mesmo e assumir o controle da embarcação, mesmo sabendo que não possui o controle sobre os mares, tempestades, calmarias exacerbadas e das estagnações alheias.

A vida não é uma prova de marcar x, ( X ), é uma verdadeira dissertação, que envolve inúmeras provações. Por isso costumo dizer: “se viver é costurar um texto, costure bem a sua história”.

Muitas pessoas tem repulsa, raiva de pensar, de refletir, de ter que interpretar os textos da vida e de se olharem verdadeiramente nos espelhos, chegando a buscar meios de julgar quem busca pensar, e até a ajudar no sentido de refletir, por isso envolver sair de certo modo da “zona de conforto”. No fim das contas, muitas pessoas almejam os caminhos mais fáceis e receitas de bolos; desejam uma lista simplificada para marcar x ( X ). Algumas se adaptaram ao “modo mimimi”, alicerçado em determinados tipos de vitimismos, para não terem que sair em busca de “alimentos mais sólidos”, que envolve tempo, dedicação, curiosidade, perspicácia, busca, energia e disciplina, um preço que boa parte das pessoas não tem interesse em pagar para conseguir melhorar o universo em expansão que reside em si, e o mundo ao seu redor, algo que englobamuito suor, dedicação, reflexão, amor a si e ao próximo.

Essa reflexão me fez lembrar de algumas célebres frases, como a do ilustre Carl Jung, que diz: “pensar é difícil, é por isso que a maioria das pessoas prefere julgar”. Em outro momento ele ainda afirma que: “quem não atravessa o inferno de suas paixões, também não as supera”. Algo que nos faz lembrar da capacidade de resiliência, de superar obstáculos, os modos automáticos, e a procrastinação, que são grandes alicerces das posturas mais para menos e mais ou menos. O autor também afirmou que: “até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir a sua vida e você vai chamá-lo de destino”.

Em uma de suas obras, o grande e polêmico pensador Friedrich Nietzche escreveu: “e aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música”. Uma reflexão que envolve muitas esferas, dentre elas, a capacidade de compreensão.

Para compreender melhor a busca da excelência e como superar obstáculos, se mostra muito eficaz aprender com humildade e procurar vencer o mal com o bem, algo muito conhecido independentemente de crenças e de religiosidades, nos exemplos de Jesus Cristo, que ouvia, compreendia e ensinava com parábolas, de formas simples, com muita humildade, bondade e amor. Também tivemos grandes exemplos como os de Gandi, Mandela, Madre Tereza, dentre outros...

“Podemos mudar de direção com as nossas escolhas, pois, o homem não é uma árvore, apesar de poder lançar sementes”.

Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.

Imagem: Santa Garcia

Comentar

Postagem Anterior Próxima Postagem