Em busca da excelência – Parte II

 


Raramente paramos para prestar atenção nos detalhes, até porque, o nosso cérebro não é muito programado para dedicar mais tempo e energia aos detalhes, algo que nos ajudou e ajuda a otimizar tempo e energia na realização de algumas atividades, mas, que, pode se mostrar um ponto cego, tendo em vista determinados contextos, ainda mais em um mundo, onde cada dia mais os detalhes fazem a diferença...

A alguns anos, escrevi uma série de artigos, que chamei de: “Saia do Modo Automático”. A Série retratava, em boa parte, esses tipos de situações. Por conta disso, costumo dizer que: “por vezes é mais importante conseguir enxergar, do que apenas ver”. Também costumo dizer que: “o segredo dos milagres consiste em contemplar os detalhes”.

Quantas vezes não passamos por verdadeiras obras de arte da natureza, obrasrealizadas por nossos semelhantes e sequer damos atenção, de modo geral, não valorizamos toda a complexidade e engenhosidade necessárias para que tudo o que está disponível de fato esteja ali, diante dos nossos olhos?!...

Quantas vezes desmerecemos as horas e horas de estudos, de dedicação, de gastos, alimentação, tempo, energia e de trabalho para que possamos ter o que almejamos de forma mais fácil, vindo a desvalorizar todo o contexto dos nossos semelhantes?...

Qual terá sido a última vez que paramos para pensar que nossos diplomas, para os que os tem, não são só os diplomas, são diplomas que representam todo um processo educacional e de dedicação?!...

Quanto investimento não foi feito desde que nós éramos bebês para que pudéssemos chegar a ler um artigo e realizar pesquisas, atividades laborais, etc?!...

Quantas mães, pais, familiares, cuidadores, educadores, padrinhos e madrinhas, amigos e amigas, não deixaram de ter algo para nos ajudar em nossas caminhadas, sem que soubéssemos?

Talvez, tenham até deixado de comer algo melhor para que pudéssemos ir devidamente vestidos para escola, com um bom lanche, e com calçados adequados, ou, por vezes, de algum lugar que os vendiam de segunda mão...

Mas, a questão é: o que fazemos com os investimentos que foram feitos em nós e com as oportunidades que foram surgindo, e que vão surgindo?!...

...

Sei que existem pessoas que não desistem. Que existem pessoas que recebem portas na cara e que batem em outras mil se precisarem, se não conseguirem uma saída, passam a quebrarem janelas em busca de melhores saídas, em busca de outras alternativas, para escaparem dos labirintos tenebrosos...

Certa vez ganhei uma ave de rapina de brinquedo da minha mãe quando era adolescente. Não entendi bem o que representava, apenas sabia que se tratava de um animal que era imponente e que voava alto... Um certo dia, como de costume, estava assistindo documentários, e acabei por assistir uma ave semelhante a que eu havia ganhado cuidando de seu filhote, a ave saia para caçar e dava de comer para o filhote, mas, começou a demorar cada vez mais para voltar ao ninho para alimentar o filhote, que chorava pela falta da mãe... a mãe não havia abandonado o filhote, ela ficava de longe observando, no intuito que ele conseguisse sair do ninho e bater asas sozinho, mesmo que os primeiros voos não fossem os mais belos de serem vistos rsrs.

Confesso que o filhote começou a pular de galho em galho como uma galinha no começo, e que foi aprimorando o voo, até que voasse livre e leve cortando o ar.

Tudo isso me trouxe muitas reflexões. Confesso que ainda gosto de retornar ao ninho para poder estar com minha passarinha e passarinhos no seio familiar, mas, sei que se faz necessário procurar voar, e voar com excelência, pois, voar de qualquer jeito e com imponência sem efetividade, sem eficácia e atenção aos detalhes, nos deixa a mercê do que existe, e do que sequer sabemos que pode vir a acontecer. Pode nos ceifar oportunidades e nos minar em verdadeiros lamaçais criados por nós mesmos e por nossos lixos existenciais.

Hoje em dia, utilizo essa ave em algumas apresentações, aulas, reflexões e atividades; inclusive, colocamos o nome dele de “Entusiasta” e o apelidamos de “Sonho”.

Dia desses eu estava olhando para uma bússola! Isso mesmo! Eu, Jhean Garcia, estava olhando para uma bússola! E não era uma bússola física, era uma bússola virtual. Achei interessante e tive o desejo de ter uma bússola física comigo. Você pode estar se perguntando o motivo disso...

Bom, o fato é que a Terra é de certa forma, um imã. Sabemos que a bússola aponta para o norte, mas, na realidade, aponta para o Sul magnético da Terra...de forma semelhante, acontece com o oposto, onde a parte Sul é atraída pelo Norte magnético da Terra.

Bom, qual é o sentindo disso?!...

Eu aprendi grandes lições com a bússola.

Primeiro:

Nem Tudo o que parece é, e precisamos buscar compreender as coisas com mais profundidade para que não fiquemos agarrados aos oásis superficiais.

Segundo:

Ter propósito... Ter objetivos, “direção”, metas e métodos....

Terceiro:

Se você deseja ir para algum lugar, para algum “Norte”, deve deixar algum “Sul” para trás, com todos os seus fardos e seguir firme, forte, motivado, comprometido e engajado na caminhada...

Vale lembrar que: “apenas o homem pode tornar-se o canibal de si mesmo”.

Quarto:

Nada disso é fácil, tudo demanda tempo, dedicação, energia e, quando, em alto nível, a busca pela excelência... mudar hábitos não é fácil, mas, compensa!...

“Se viver é costurar um texto, costure bem a sua história”.

Quinto:

Busque se encontrar com o caminho da sabedoria, pois, nele se encontrará com a verdadeira felicidade, com o equilíbrio, com a empatia, amor a si, amor ao próximo, paz, humildade e honestidade.

Até o próximo artigo!...

Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.

De: Jhean Garcia

Imagem: Pixabay


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