Amanhece o dia
O horizonte se ergue ao longe
Diante do Sol, plantei um jardim repleto de flores e alecrins dourados
Escrevi um “Diário Aberto”, num mundo um tanto quanto incerto
A cada novo dia surgiam prazeres, dores, cansaços e espaços
A fadiga não me continha e as dores não minavam a poesia que emergia de meu âmago
Eu simplesmente as expelia um pouco através de minhas retinas, que tingiam as folhas de papéis amassados com a tinta rubra de meus pensamentos e sentimentos
Aos poucos fui aprendendo a cultivar e a valorizar algumas sementes e arbustos que surgiam pelos caminhos da caminhada existencial
Percebi a existência de um verdadeiro universo multiverso repleto de espaços e espasmos vibrantes
Preparei espaços de terra
Lancei sementes
Cuidei do que emergia, mesmo que fosse um vaso quebrado
Algo aparentemente doente...
Criei sim algumas expectativas, e me frustrei ao perceber que algumas flores simplesmente não cresciam como eu queria, mesmo diante das feridas abertas nas mãos transpassadas por espinhos dolorosos
Procurei então vestir-me com armaduras e luvas duras, mas, com o tempo, percebi que tudo tem seu tempo, e que havia perdido a sensibilidade
Preferi continuar a cultivá-las naturalmente, expondo-me constantemente, mesmo diante das feridas que abriam, e das dores que me acometiam
Ah, as flores!
Não bastando os desafios de cada dia, comecei a perceber que alguns conhecidos, vizinhos e desconhecidos, a algumas roubavam na ausência de meus olhares e quando eu andava distraído
Me dei conta que outras simplesmente eram envenenadas na minha ausência
Algumas deixavam ser levadas para fora do jardim
Muitas eram pisadas após serem ceifadas do solo fértil
Tive a oportunidade de aprender um pouco mais sobre liberdades, propriedades, limites e delimitações
Algumas belas flores eram meramente usadas, e era questão de tempo, até que suas belas pétalas caíssem secas, esvaindo-se lenta e tristemente
Mas, não me entreguei e busquei o Espírito da Sabedoria
Eu não desisti ou me abalei com as frustrações do dia a dia ao ponto de desistir, mesmo diante de algumas armadilhas que outrora me sorriam selando os elos entre as mentiras e hipocrisias, ou diante da flechas lançadas do escuro
Parei de buscar culpados e passei a cuidar cada vez melhor das flores e dos gramados
Derrubei as cercas de arames farpados e espalhei sementes de amor por todos os lados
As cercas que sangravam o coração foram postas abaixo
Parei de procurar podar os espinhos, por mais que me doecem, pois, sua grande maioria, na verdade, advinham de minhas escolhas e permissões
A maior parte deles residiam em mim, no âmago, em meu próprio jardim, onde plantei, cuidei e colhi, em meio aos espinhos e belos alecrins
Livrei-me das amarras da terra que me limitavam e me abri, me expandi no jardim da vida
Aprendi com os bons momentos e feridas
Com as flores que permaneceram e as que perdi no jardim sem fim...
No fim das contas, de certo modo, todas permanecem em mim...
De: Jhean Carlos Garcia Silva
O horizonte se ergue ao longe
Diante do Sol, plantei um jardim repleto de flores e alecrins dourados
Escrevi um “Diário Aberto”, num mundo um tanto quanto incerto
A cada novo dia surgiam prazeres, dores, cansaços e espaços
A fadiga não me continha e as dores não minavam a poesia que emergia de meu âmago
Eu simplesmente as expelia um pouco através de minhas retinas, que tingiam as folhas de papéis amassados com a tinta rubra de meus pensamentos e sentimentos
Aos poucos fui aprendendo a cultivar e a valorizar algumas sementes e arbustos que surgiam pelos caminhos da caminhada existencial
Percebi a existência de um verdadeiro universo multiverso repleto de espaços e espasmos vibrantes
Preparei espaços de terra
Lancei sementes
Cuidei do que emergia, mesmo que fosse um vaso quebrado
Algo aparentemente doente...
Criei sim algumas expectativas, e me frustrei ao perceber que algumas flores simplesmente não cresciam como eu queria, mesmo diante das feridas abertas nas mãos transpassadas por espinhos dolorosos
Procurei então vestir-me com armaduras e luvas duras, mas, com o tempo, percebi que tudo tem seu tempo, e que havia perdido a sensibilidade
Preferi continuar a cultivá-las naturalmente, expondo-me constantemente, mesmo diante das feridas que abriam, e das dores que me acometiam
Ah, as flores!
Não bastando os desafios de cada dia, comecei a perceber que alguns conhecidos, vizinhos e desconhecidos, a algumas roubavam na ausência de meus olhares e quando eu andava distraído
Me dei conta que outras simplesmente eram envenenadas na minha ausência
Algumas deixavam ser levadas para fora do jardim
Muitas eram pisadas após serem ceifadas do solo fértil
Tive a oportunidade de aprender um pouco mais sobre liberdades, propriedades, limites e delimitações
Algumas belas flores eram meramente usadas, e era questão de tempo, até que suas belas pétalas caíssem secas, esvaindo-se lenta e tristemente
Mas, não me entreguei e busquei o Espírito da Sabedoria
Eu não desisti ou me abalei com as frustrações do dia a dia ao ponto de desistir, mesmo diante de algumas armadilhas que outrora me sorriam selando os elos entre as mentiras e hipocrisias, ou diante da flechas lançadas do escuro
Parei de buscar culpados e passei a cuidar cada vez melhor das flores e dos gramados
Derrubei as cercas de arames farpados e espalhei sementes de amor por todos os lados
As cercas que sangravam o coração foram postas abaixo
Parei de procurar podar os espinhos, por mais que me doecem, pois, sua grande maioria, na verdade, advinham de minhas escolhas e permissões
A maior parte deles residiam em mim, no âmago, em meu próprio jardim, onde plantei, cuidei e colhi, em meio aos espinhos e belos alecrins
Livrei-me das amarras da terra que me limitavam e me abri, me expandi no jardim da vida
Aprendi com os bons momentos e feridas
Com as flores que permaneceram e as que perdi no jardim sem fim...
No fim das contas, de certo modo, todas permanecem em mim...
De: Jhean Carlos Garcia Silva
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