2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Conheça o trabalho da Associação Luz do Amanhecer em prol do desenvolvimento e socialização de pessoas com TEA

Brinquedoteca inclusiva em Três Rios. Foto: Divulgação

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado no dia 2 de abril.

A data marca a importância e a necessidade da propagação de informações de qualidade a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), seu diagnóstico e particularidades.


No Brasil, não existe uma estimativa oficial de quantas pessoas apresentam o transtorno. No entanto, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), uma em cada 160 crianças está no espectro.

Ainda segundo a OPAS, o número de diagnósticos pelo mundo tem crescido, o que pode ser explicado pelo avanço da conscientização sobre o tema.

2 de abril, Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Foto: Reprodução


A elucidação acerca do TEA é indispensável para que mais pessoas sejam diagnosticadas precocemente e, a partir do reconhecimento de sua condição, tenham acesso a atendimento e terapias especializadas para auxiliarem em seu desenvolvimento.

O Autismo não tem cara, não carrega características físicas. Informação e conscientização são peças chave para dar visibilidade a pessoas com o transtorno e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e livre de preconceitos.

Brinquedoteca inclusiva em Três Rios

Atendendo a 26 pessoas com Transtorno do Espectro Autista, entre crianças, adultos e adolescentes, a Associação Luz do Amanhecer criou, em 2018, uma brinquedoteca inclusiva.

O espaço lúdico e estimulador surgiu através do olhar de uma mãe, que observou no seu filho autista a necessidade de brincar junto com outras crianças e desenvolver seu lado social.

Renata Coelho, idealizadora do projeto, é mãe do João Pedro, de 11 anos, que foi diagnosticado com TEA com 1 ano e 2 meses.

Professora de formação, Renata buscou meios de estudar e entender os melhores caminhos para ajudar no processo de estimulação de seu filho e de outras crianças.
Hoje, João Pedro tem uma vida social normal, estuda em escola regular e está alfabetizado, recebendo todos os estímulos e terapias.

Renata Coelho, idealizadora do projeto, é mãe do João Pedro, de 11 anos. Foto: Reprodução

Ela explica que a brinquedoteca foi pensada especialmente para elas, com espaços diversos, onde todos os brinquedos ficam organizados em categorias, estando acessíveis a todos os assistidos. “Eles brincam, trocam, interagem juntos. A implementação da brinquedoteca trouxe muitas famílias que buscavam ajuda para seus filhos nessa área de estimulação”, disse Coelho.

Além das atividades coletivas e individuais realizadas na brinquedoteca, as pessoas com TEA atendidas pela Associação Luz do Amanhecer também participam de atividades sociais, sensoriais, físicas e de psicomotricidade. Renata relata que o trabalho vem dando certo: “Quando encerramos as atividades ninguém quer ir embora, pois se sentem acolhidos nesse espaço”.

Brinquedoteca inclusiva, criada pela Associação Luz do Amanhecer. Foto: Reprodução

Enquanto progenitora, a educadora vivencia no dia-a-dia as dificuldades e o preconceito que cercam o Transtorno do Espectro Autista:
“Como mãe do João Pedro, ainda enfrento muitos impasses na sociedade. Muitas pessoas fazem julgamentos preconceituosos quando uma criança está em crise, ou quando utilizamos as filas preferenciais. Por isso lutamos sempre por uma sociedade inclusiva.”

Na luta pela inclusão e sensibilização, a Revista Autismo está promovendo uma campanha nacional do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, com o tema “Mais informação, menos preconceito”, com o objetivo de unir forças e realizar uma conscientização a nível nacional realmente efetiva.full-width

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