No novo Bolsa Família, nova oportunidade perdida

Desde que foi lançado no primeiro governo Lula, aprimorando a ideia da saudosa Ruth Cardoso, o Bolsa Família tem sido um sucesso.

Na época, chamado de assistencialista, com o tempo foi mostrando sua importância na vida dos brasileiros mais carentes.

Primeiro, a transferência de renda, temporária, em razão da falta de oportunidades concedidas, ao longo da nossa história, a muitos brasileiros.

Segundo, ao exigir a vacinação e o comparecimento escolar, mata a fome de uma geração e concede aos seus filhos chances de sobrevivência.

Faltava inserir o controle da natalidade. Pense o quanto pensamos ao encomendar um filho. Um sonho que precisa caber no orçamento, esperar o melhor momento para que nada lhe falte.

Ao pagar R$ 600,00 e mais R$ 150,00 por criança, quem vai decidir quantos filhos serão colocados no mundo são os que vão receber.

E quanto mais R$ 150,00 melhor. E não os que estudam e são vacinados para, no futuro, encontrarem uma sociedade mais equilibrada.

O que é um país senão uma empresa que contrata um funcionário que precisa ter uma sala, uma arrecadação que honre seu salário e um mercado em que possa crescer?

Todos vão precisar de uma vaga nos hospitais, menos engarrafamento para chegar ao trabalho, um ingresso sobrando para assistir Iron Maiden no Rock in Rio.

Porque os ingressos se esgotam, ficamos presos no trânsito, disputamos uma vaga no concurso do INSS com mais de 8 mil inscritos e...continuamos a morar num país que insiste em não saber quantos morrem, quantos nascem por dia.

O Novo Bolsa Família, que será apresentado amanhã, poderia ajudar a controlar isso. Como, por exemplo, limitar a dois filhos por família assistida.

Enfim, uma nova oportunidade perdida de redistribuir melhor rendas e oportunidades. E ter um país mais igual.

Por José Roberto Padilha

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