Madeiras protegidas, animais sacrificados

De uns tempos para cá, a legislação ambiental avançou quando exigiu, junto às Tok & Stok que comercializam madeiras, que elas deveriam ostentar seu selo Iso contra o desmatamento ilegal das árvores.

Adquirir móveis de madeira apenas oriundos de árvores plantadas para serem extraídas.

Uma maneira inteligente do cidadão comum, ao só comprar seus móveis onde esse selo estiver afixado, contribuir para que sua vida tenha um ar mais puro ao atenuar o aquecimento global.

Mesmo assim, na contramão dessa postura de cuidado e proteção, em muitos abatedouros pelo pais, bois são arrastados com uso de cordas para o abate. Seus rabos são torcidos e múltiplos golpes de machado são dados em sua cabeça.

Antes, seus pescoços são cortados enquanto ainda conscientes e capazes de sentir dor.

Madeiras, sob a égide da lei, animais desamparados pela lei. Muita covardia, não?

Já passou da hora da legislação, com a supervisão da Sociedade de Proteção Animal, obrigar açougues, restaurantes e churrascarias a ostentar Selos Isos de proteção animal.

Demonstrarem que cumprem a Lei 49/2019, que proíbe o uso da marreta ou qualquer outro método cruel de abater animais em todo território nacional.

São 353 abatedouros. Se boicotarmos os animais que se dizem humanos, os que são de verdade vão conseguir um pouco de dignidade na hora de se despedirem para cumprir a nobre missão de alimentar todo mundo.

Por José Roberto Padilha

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