Depois da primeira rodada do estadual, onde o camisa 10 (aquele ponta de lança habilidoso que tinha a braçadeira e o pulo do gato para decidir a partida) reafirmou sua extinção, agora será a vez das novelas da Globo demonstrarem a perda do seu ator principal.
Os galãs desapareceram. E com eles, a Glória Menezes, Vera Fischer e a Eva Vilma que formariam o casal principal.
Antes, Francisco Cuoco, Jonhy Herbert, Tarcísio Meira, Antônio Fagundes, passando por Cauã Raymond até acabar em Alexandre Nero, entravam e roubavam a cena.
Saiam na capa das revistas Querida, Capricho, Caras e Quem machucando corações e atraindo audiência e patrocinadores.
Suas relações amorosas provocaram a criação de programas de intrigas, fofocas e variedades onde José Mayer era seu prato principal.
Olhando o elenco da próxima novela da Globo, Vai na Fé, vejo a subida da rampa do Presidente Lula.
Uma diversidade de representantes do povo brasileiro, que vai dar voz à muitas minorias, mas que estão ali substituindo o ator principal. Na ocasião, o fugitivo escalado pela constituição para passar oficialmente a faixa.
Todos os novos atores tem o seu valor artístico. Oportunidades iguais serão distribuídas em cena, mas nós, escravos de Isaura, munícipes de Sucupira e ainda na pista de Dancin Days, temos saudades do Tony Ramos com a Giovanna Antonelli.
Do mesmo jeito que temos de Roberto e Romário, Washington e Assis, Zico e Cláudio Adão, Roberto e Jairzinho e Pelé e Coutinho.
Fazer o quê?
Por José Roberto Padilha
Foto: Reprodução
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