"Há um sentimento de revolta. O meu tio não é o primeiro homem negro favelado a ser morto dessa forma. Ele foi alvejado por tiros, por balas que nós compramos porque pagamos os nossos impostos e vivemos corretamente. Ele foi alvejado com aquilo que a gente comprou para fazer a nossa defesa", criticou Jurema. “Nós ainda não fomos procurados pelo estado”, acrescentou.
"Onde a gente passa, as pessoas só pelo olhar transmitem um abraço. Elas não falam, mas expressam com o olhar o desejo de força. Se tiver nova operação, a gente vai ficar com medo porque pode acontecer de atirarem em alguém como fizeram com o meu irmão”.
A deputada Dani Monteiro (PSOL), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, afirmou que o grupo vai acompanhar o caso e criticou o descumprimento da legislação que regulamenta as operações policiais.
A deputada Dani Monteiro (PSOL), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Alerj, afirmou que o grupo vai acompanhar o caso e criticou o descumprimento da legislação que regulamenta as operações policiais.
De acordo com a deputada, 1/4 de todas as denúncias que a comissão recebeu, em 2022, são relacionadas à letalidade policial.
"O encontro foi para prestar solidariedade à família e também entender quais medidas judiciais são cabíveis e quais órgãos devem ser acionados. A partir da comissão, a gente tenta provocar uma justiça individualizada do caso, mas também uma fiscalização de qual política pública é necessária para garantir os direitos humanos e a segurança pública", comentou.
"O encontro foi para prestar solidariedade à família e também entender quais medidas judiciais são cabíveis e quais órgãos devem ser acionados. A partir da comissão, a gente tenta provocar uma justiça individualizada do caso, mas também uma fiscalização de qual política pública é necessária para garantir os direitos humanos e a segurança pública", comentou.
"O governador precisa cumprir a lei que rege as operações policiais para resguardar tanto a vida dos agentes, mas especialmente dos moradores dessa comunidade. Não havia ambulância no local, não foi prestado o devido socorro e até hoje o governador retarda a instalação das câmeras nos uniformes dos policiais, o que poderia solucionar rapidamente casos como este", criticou.
O procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB, advogado Rodrigo Mondego, comentou que ainda não teve acesso ao inquérito e que, após o primeiro contato com os familiares da vítima, vai acompanhar a apuração do caso na Delegacia de Homicídios.
"O que a gente sabe, inclusive por informação oficial da polícia, é que eles confessaram o crime. Eles mataram uma pessoa inocente porque estava com um pedaço de madeira na mão. Ao nosso ver, conforme o que foi apurado até agora, houve um crime de homicídio e o Estado deve responder pela lesão causada de responsabilidade cível e a pessoa que cometeu esse crime, como qualquer criminoso, deverá pagar por isso", comentou. Caso seja necessário, o caso será enviado aos organismos internacionais.
Comunicação Social Alerj
"O que a gente sabe, inclusive por informação oficial da polícia, é que eles confessaram o crime. Eles mataram uma pessoa inocente porque estava com um pedaço de madeira na mão. Ao nosso ver, conforme o que foi apurado até agora, houve um crime de homicídio e o Estado deve responder pela lesão causada de responsabilidade cível e a pessoa que cometeu esse crime, como qualquer criminoso, deverá pagar por isso", comentou. Caso seja necessário, o caso será enviado aos organismos internacionais.
Comunicação Social Alerj
Imagem: Thiago Lontrafull-width
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