Livre Pensadora

Tenho aprendido com a Logosofia a não limitar as possibilidades da minha inteligência na busca dos conhecimentos que transcendem a vida comum. Faz parte disso não deixar de lado as perguntas relacionadas com a origem, a função e o destino da vida.

Essas perguntas muitas vezes surgiram na infância de cada um e, ao resgatá-las, dão um impulso para buscar essas respostas.

Ao me deparar com minha própria filha, iniciando essa jornada da vida, despertou em mim a responsabilidade de como responder suas perguntas mais profundas.

Ela me contagiava com a sua sede de saber e alegria de aprender sobre tudo, fazendo perguntas difíceis como: “Mamãe, quem é Deus? Quem criou Ele? Onde Ele mora?”.

Por outro lado, por ser muito tímida, tinha a tendência de repetir as respostas das colegas como se fossem suas, porque acreditava que isso as deixavam felizes.

Pensando em não limitar as engrenagens da sua inteligência em desenvolvimento, busquei recursos na Logosofia. A tarefa era ajudar a sua mente na construção de um conceito mais amplo e universal do Criador.

Para isso, convidei-a a fazer diversas reflexões, como apresentar a ela o conceito de que ela era uma “livre pensadora” e, como tal, precisava construir o conceito do Criador e tantos outros com conhecimento e liberdade.

E que não tinha problema se ela ainda não soubesse muitas das respostas,pois elas são construídas com conhecimentos, um a um, em sua mente, sem pressa. E que ela poderia aprender como utilizar os recursos da sua mente para construir esses conhecimentos.

Em uma oportunidade, apresentei a analogia de que, por trás de toda obra existe um criador. Na escola, ela havia estudado sobre a obra de Picasso, Leonardo da Vinci, Maurício de Souza, entre outros, e eu lhe disse que para conhecer o Criador, precisamos começar por conhecer a sua Criação.

Podemos observar na Natureza (da perfeição de nossas células à imensidão do Universo) que a existência da Criação é eloquente o bastante para provar a existência de um Criador.

Aos poucos,ela foi aprendendo a ver a inteligência de Deus na Criação— no que está fora dela, mas também olhando para si mesma, naquilo que sente e pensa, enfim, nas suas possibilidades como ser humano.

Tenho aprendido com a Logosofia que a inteligência é composta por várias engrenagens que precisam ser desenvolvidas não apenas para as questões da vida física, mas também para o que não é físico, para o metafísico — onde está o caminho para se responder às inquietudes sobre os grandes mistérios da vida.

Para isso, a mente da criança precisa de liberdade para construir o conhecimento, sem receber respostas que podem limitar o movimento natural, estimulando-a a não interromper o processo de aquisição de conhecimentos, tão fundamental para entender a própria realidade interna e assim poder conhecer Quem a criou.

Um pensamento de Ana Paula Britski,
Estudiosa e docente de Logosofia
www.logosofia.org.br - rj-tresrios@logosofia.org.br
(24) 988421575

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