A salvação do Brasil

Com redução de 85% em 4 anos, no orçamento que já não era o suficiente, esse governo que finda promoveu o desmonte, o atraso, e a desmoralização da gestão pública da Cultura.

Tudo feito dentro da lógica do capitalismo global que tem por objetivo a destruição do estado nacional e das políticas públicas, e foi oque se fez nesses últimos anos no Brasil.

As afirmações são de Juca Ferreira, em entrevistas nessa última quinta-feira no Uol Entrevista ao jornalista Alexandre Sakamoto.

O sociólogo e ex-ministro a cultura no governo Lula e Dilma, e que faz parte da equipe de transição do governo Lula, apresenta os dados desse desmonte e dessa lógica perversa e do trágico processo que ele chama de estratégia cupim.

Estratégia que consiste em destruir por dentro tudo que tinha sido conquistado: extinguiu o Ministério da Cultura e enfraqueceu e sufocou os órgãos como Iphan, Funarte, Cinemateca Brasileira, Biblioteca Nacional, Fundação Palmares e a extinção da Comissão Nacional Incentivo à Cultura, que era de grande dimensão por ter as participação da sociedade civil nas decisões das políticas públicas culturais e ainda travou os recursos do fomento a Cultura: Lei Rouanet, Fundo Nacional de Cultura, Fundo Nacional do Áudio Visual, e o Programa Cultura Viva, ou seja desmontou as políticas públicas para o setor. Objetivo de governo que foi desmoralizar e enfraquecer a gestão pública da cultura.

O que fizeram foi promover perseguição aos artistas e a extinção de programas de inclusão e valorização da cultura em geral, e em particular a cultura afro e dos povos originários.

Tiveram o papel de desmoralizar destruindo essas conquistas cortando orçamento e efetivando nos órgãos pessoassem qualquer preparo para atuação no setor.

Juca Ferreira, entre outros tópicos falou sobre patrimônio como questão fundamental para o setor cultural.

Quiseram monetizar o patrimônio cultural brasileiro, tudo que é patrimônio que é memória queriam disponibilizar para empresas privadas sem nenhum pudor. Isso não pode ser permitido.

O Iphan é um órgão importante de Estado e tem um patamar de qualidade reconhecido no mundo e tem como objetivo zelar pela memória coletiva do país.

A perda da memória em nosso país é gigante, sem a memória perdemos a capacidade de assimilação dos conhecimentos e dados para a compreensão de nossa história. Nenhum indivíduo e nenhuma sociedade podem sobreviver sem memória- disse Juca Ferreira.

O Ex-Ministro da Cultura afirma também, que para o governo cumprir o papel de estado democrático para o desenvolvimento cultural do país, para democratização do acesso à cultura, direito de todos, será preciso ampliar muito esse orçamento e investir no setor cultural, o que Lula promete fazer iniciando com a retomada do Ministério da Cultura e assim atender a grande demanda do setor cultural.

Ampliar, pois a cultura é o elemento central, tem papel de restabelecer a possibilidade de sermos um país bem sucedido no século XXI.

O Brasil é um país de maior diversidade cultural no mundo e temos obrigação e dever de preservar nossa memória e nossa diversidade cultural e disponibilizarmos as novas gerações.

Os textos dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do Entre-Rios Jornal

Por Vera Alves

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