A condição de usuário de cadeiras de rodas por longos períodos, no meu caso, por 29 anos, sempre resulta na incidência de lesões secundárias na coluna espinal, mãos, punhos, cotovelos, ombros, quadril, joelhos e tornozelos, decorrentes dos esforços repetitivos que utilizamos para nos transferir da cadeira de rodas para a cama, para a cadeira higiênica, macas de exames, cadeiras de dentistas, entre outras, além das manobras necessárias para embarque e desembarque nos automóveis ou veículo próprio.
Todas as transferências de uma superfície para outra que realizamos para dar conta das atividades cotidianas e dos compromissos externos, nas quais, os braços substituem a força e estrutura osteomioarticular das pernas, com isso, sobrecarregados por demais.
O sistema osteomioarticular é um sistema responsável pela movimentação e sustentação espacial do corpo, compreendendo ossos, articulações e músculos.
Nesse sentido, fui surpreendido, no mês de junho de 2022, com dores lombares que aumentavam dia a dia, até se tornarem insuportáveis, independentemente de estar sentado na cadeira de rodas, ou deitado na cama.
As dores eram tão intensas que mal suportava que meu corpo fosse mudado de posição com ajuda de cuidador domiciliar, então, tive de ser sedado e transportado de ambulância para o setor de internação de emergência no Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios, no dia 29 de junho de 2022, onde fui medicado e realizados exames laboratoriais e de imagem que evidenciou quadro de osteoporose.
As dores eram tão intensas que mal suportava que meu corpo fosse mudado de posição com ajuda de cuidador domiciliar, então, tive de ser sedado e transportado de ambulância para o setor de internação de emergência no Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios, no dia 29 de junho de 2022, onde fui medicado e realizados exames laboratoriais e de imagem que evidenciou quadro de osteoporose.
Cinco dias após internado, recebi visita do cirurgião que me examinou e agendou a cirurgia com orientações sobre o procedimento.
Assinado termo de consentimento, fui submetido a uma CIFOPLASTIA, para reconstrução da vértebra L2.
A propósito, a intervenção cirúrgica e o atendimento na UTI e no quarto, foram excelentes, alicerçados em estruturas e equipes profissionais acolhedoras, a despeito das escassas condições de acessibilidade para usuários de cadeiras de rodas nas instalações do banheiro dos quartos.
Recebi alta hospitalar com recomendação de home care para a operadora do meu plano de saúde, no dos 12 de julho do mesmo ano, acatado pela empresa em alguns aspectos, lamentavelmente, aos 70 anos de idade ter de arcar com elevados custos de cuidador domiciliar 24 horas, durante três meses, além do exorbitante valor pago em sua mensalidade.
De acordo com a literatura médica em ortopedia, a osteoporose é uma doença esquelética comum caracterizada por baixa massa óssea, funções mecânicas ósseas prejudicadas e aumento da fragilidade óssea.
De acordo com a literatura médica em ortopedia, a osteoporose é uma doença esquelética comum caracterizada por baixa massa óssea, funções mecânicas ósseas prejudicadas e aumento da fragilidade óssea.
Tornou-se uma das principais causas de incapacidade e morte entre os idosos, levando a um risco aumentado de fratura.
A fratura vertebral é o desfecho mais comum da osteoporose, especialmente as fraturas osteoporóticas por compressão vertebral, que ocorrem frequentemente no segmento toracolombar, em especial usuários de cadeiras de rodas.
Apresenta-se clinicamente como dor nas costas e radiograficamente como uma fratura compressiva no corpo vertebral, geralmente localizada na transição toracolombar. 30% a 50% das mulheres e 20% a 30% dos homens com mais de cinquenta anos desenvolverão fraturas vertebrais durante a vida, sendo que metade dessas pessoas apresenta lesões múltiplas.
Diferentemente do procedimento cirúrgico tradicional para esses tipos de fratura, a cifoplastia tem a vantagem de utilizar um balão, produzindo um espaço dentro do corpo vertebral, o que teoricamente reduz o vazamento de cimento durante o procedimento e permite a restauração da altura do corpo vertebral.
Após receber alta hospitalar, percebia-me em estado precário nutricional, desidratado, constipação intestinal, fecaloma, edemas nas pernas e pés, náuseas, tontura, além de dores no quadril.
Após receber alta hospitalar, percebia-me em estado precário nutricional, desidratado, constipação intestinal, fecaloma, edemas nas pernas e pés, náuseas, tontura, além de dores no quadril.
Sem pestanejar, recorri a avaliação e parecer de médico geriatra, Dr. Hélcio Serpa, amigo e conceituado profissional de trabalho em Centro Especializado de Reabilitação Física e Intelectual, bem como atuando em Centro Dia para Idosos, ambos serviços públicos disponibilizados na conjuntura da Secretaria Municipal do Idoso e da Pessoa com Deficiência, da Prefeitura da cidade de Três Rios/RJ.
Imediatamente, ele tratou de atualizar a prescrição e solicitar exames de laboratório, cujos resultados indicaram a necessidade de inclusão de medicamentos vias oral, intramuscular e venosa, compostos de suplementos vitamínicos e alguns elementos imprescindíveis à recomposição do equilíbrio hidroeletrolítico corporal.
O estado precário do pós-alta deveu-se às questões de comunicação interna entre as equipes do hospital, considerando que durante todo o período em que fiquei internado, embora me queixando diariamente sobre o engano, recebia dieta hipossódica para diabético, sem qualquer justifica plausível evidenciada através de exames laboratoriais, ou histórico familiar.
Evidente que a sobrecarga de compostos analgésicos via oral, intravenosa e subcutânea, associada às náuseas e ao cheiro da mesma comida não era nada apetitosa.
É fundamental dar voz e emprestar os ouvidos para o que sinalizam os clientes internados, sem os quais o processo de cuidado para sua rápida e integral recuperação transcorra como prática clínica sem ocorrência de danos aos primeiros.
Prof. Dr. Wiliam Machado
Prof. Dr. Wiliam Machado
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