Não é fácil ser Neymar. Ter a responsabilidade de ser o último fora de série de um país que produzia craques em quantidade.
Último a ser finalista do Prêmio FIFA, destinado aos melhores do mundo. Último brasileiro cobiçado pelos maiores clubes do planeta. Merece respeito.
Depois dele, acabou. Todos são previsíveis. Bons de bola mas limitados a uma faixa de campo, como Vinicius Jr, destinados a se posicionarem dentro da área à espera de uma sobra, como Richarlyson.
Repertório para circular e inovar jogadas por todas as faixas do campo? Só Neymar.
E com jogadores previsíveis não ganhamos nenhuma Copa do Mundo. Pelé foi a imprevisibilidade nas de 58 e 70, Garrincha, na de 62, Romário na 94 e os Ronaldos e Rivaldo nas de 2002.
Agora, só resta ele. E aí? Vamos amá-lo ou deixá-lo?
Antigamente, era triste ver a omissão dos nossos ídolos da bola enquanto todas as profissões foram às ruas e subiram no palanque ao lado de Ulisses Guimarães pela Anistia e Eleições Diretas.
Agora que o Neymar se posiciona, mesmo que 50,31% dos votos válidos discordem, que torcedores são esses que não respeitem os 46,69% que votaram com ele e estão do outro lado das arquibancadas?
Acho melhor quem for contra ter em campo nossa última genialidade, nem pensar em dar o troco fechando avenidas do Centro Catar. Ou fazendo vigília nas portas dos seus quartéis.
Tenham cuidado. O buraco no Islã é mais embaixo.
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