Arrume sua cama


Num mundo pós-pandemia (da qual, vale frisar, não estamos livres), é natural que ainda não tenhamos conseguido organizar todas as áreas da vida.

Nós, que em meio ao caos nos vimos obrigados a colocar o pé no freio, adiando sonhos e ressignificando acontecimentos, aos poucos buscamos nos integrar a um cotidiano que já não é o mesmo.

Para auxiliar no processo, inúmeras dicas de como reequilibrar as emoções, tais quais meditação, exercícios, sono tranquilo, alimentação saudável, lazer e, claro, terapia. Tudo muito necessário. Mas – mente e corpo sãos – de que maneira tomar as rédeas da existência, conquistando as metas estabelecidas?

O clássico Arrume sua cama, de William H. McRaven, ex-oficial da marinha norte-americana, traz algumas sugestões de como alcançar nossos objetivos por meio de pequenas decisões e ações.

De forma bem resumida o autor aconselha o leitor, a partir de experiências pessoais e profissionais, a começar o dia com uma tarefa feita, como arrumar a cama. O gesto simples, destaca, gera reações em cadeia e motivação para realizar as próximas atividades.

 Além disso, detalha como é importante ter gente de confiança caminhando conosco; ser generoso; seguir em frente, mesmo que a situação não pareça justa; usar o fracasso como mola para nos tornarmos mais fortes; ousar mais; enfrentar os tiranos, não permitindo que mal prevaleça; mostrarmo-nos à altura da ocasião, seja qual for; dar esperanças às pessoas e, se a causa for nobre, jamais desistir.

Em uma das passagens, McRaven narra a rotina extenuante de exercícios imposta aos recrutas que tinham o pior desempenho da classe de formação: duas horas de abdominais, flexões, polichinelos e mergulhos, entre outros.

O que fazia a equipe ficar cansada, repetir o resultado ruim nos dias seguintes e encarar novamente o castigo.

Com o tempo, porém, ele percebeu que a repetição os deixava cada vez mais resistentes e superiores aos demais. O que faz todo sentido. Afinal, não há talento que sobreviva à inércia.

Por fim, convém lembrar: “sem forçar os limites, sem vez ou outra nos lançarmos sobre os obstáculos de cabeça, sem ousarmos, nunca saberemos o que seria verdadeiramente possível em nossa vida”.

Por Daniele Barizon
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