Da Série "Testemunha Ocular da História"



O problema de um atacante, como foi o caso do Gil, não é perder um gol num clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão, valendo vaga nas semifinais do Brasileiro de 1975.

E que aquele chute para fora virá à tona, irá submergir e retornar quando você procurar uma cama. Serão horas de vigília que você tentará acertar o corpo, entre os lençóis, para marcá-lo. E nem o gol, muito menos o sono, surgirão para você dormir em paz.

Quando se perde um pênalti, então, o pesadelo é maior, com o tempo você aprende que é melhor esquecer o pijama. Pedir licença à patroa, pegar umas cervejas e passar a madrugada resenhando ao lado do vigia.

Vai ser uma noite menos dolorosas, rádio ligado na Globo, retrospectiva da rodada, caso ele não seja tricolor.

Menos, é claro, para os amigos do alheio que tiverem planos para atacar a vizinhança justo naquela noite de gols perdidos.

Porque enfrentar a insônia a a fúria de um Búfalo Gil após um gol perdido...

Que só piorou (foto) quando me aproximei não para lhe consolar. Mas pedir para voltar e ajudar na marcação porque vinha contra-ataque.

Foto: Arquivo do colunista

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