A César o que é de César*



Depois de estudar jornalismo, fiz História. Ela se tornou uma disciplina fundamental, que deveria ser obrigatória, para que a humanidade se lembrasse dos seus feitos. E se orgulhasse. E dos seus erros, para que não os repetisse.

Exaltar Mandela, sempre. E execrar Adolf Hitler, para sempre.

Quando o Globo traz, 8 anos depois, uma reportagem sobre os fatídicos 7x1, ela analisa os soldados que foram à luta. Quando, na verdade, toda a culpa coube ao Imperador. A culpa foi de César.

Vamos checar os livros? Para isso serve a História.

Todos sabiam que a Alemanha povoada seu meio campo com 5 soldados. Como a batalha seria em casa, César, retranqueiro assumido, resolveu mostrar que não era. E justo nesse dia jogou no 4-2-4. Deixou Luiz Gustavo e Fernandinho sozinhos. Um suicídio.

Deixou à frente Hulk, Oscar, Fred e...Bernard. Era no Mineirão e quis agradar o time da casa, o Atlético, escalando sua promessa e sobrecarregando seu meio de campo. Outro suicídio.

E, na defesa, cometeu erros ainda mais graves. Com Thiago Silva lesionado, no lugar de colocar um zagueiro de sua posição, colocou David Luiz de seu lugar.

Escalou Dante, fora de ritmo e, para desentrosar de vez, escalou o Maicon no lugar do Daniel Alves. Da que vinha atuando, apenas Marcelo permaneceu no seu lugar. Suicídio final.

Fazer uma retrospectiva de uma derrota e omitir seu maior comandante, Luiz Felipe Scolari, é uma irresponsabilidade.

Com o futebol brasileiro, para que outros treinadores não repitam os mesmos erros. E com a História, para que ela continue a deixar rastros verdadeiros que nos ajudem a seguir melhores.

* Cada um possui uma determinada competência e responde por ela.


Por José Roberto Padilha

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