O Fla x Flu ninguém há de apagar



O grande mistério da vida é a morte. Estamos aqui, eu escrevendo, vocês lendo, um domingo tão bonito e de repente...já vem outro zum zum zum que o vírus voltou a circular por aí.

Acontece comigo, acontece com vocês, a proximidade de fazer mais um aniversário nos torna carentes e sensíveis.

Bem, ainda estamos aqui, vamos soprar mais uma velinha, a de numero 70, mas cadê meus amigos, meus entes queridos que deveriam estar ao lado, copo na mão para mais um brinde?

Com que direitos, com quais critérios os levaram daqui?

Aí dou de cara com uma foto no meu álbum de um Fla x Flu.

Dos sete fotografados, amigos inseparáveis, perdemos o Geraldo, o Doval e o Cléber na mesma jogada.

Restou o Fluminense, no antigo placar eletrônico, que está se recuperando. A bola, mais rápida, leve e um pouco mais maltratada. E o Maracanã, que virou Arena e perdeu a cara da diversidade.

Quanto a mim, brigando pela bola e por explicações, restam as lembranças. E tenho contado muitas para vocês.

E as saudades de um Fla x Flu, o sétimo personagem, que, como dizia Nelson Rodrigues, ninguém há de apagar. De qualquer foto. De qualquer estádio.

Por José Roberto Padilha

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