Rumo à terra prometida



Desde quando comecei a frequentar os estádios, jogar bola, eles jamais foram maioria. Muito menos, foram menos importantes de qualquer outro clube na história do nosso futebol.

Pois poucas agremiações cederam tantos craques às nossas seleções quando alcançamos, em 12 anos de 4 copas disputadas e 3 delas conquistadas, a hegemonia do futebol mundial.

São poucos, em relação a maioria dos torcedores adversários, mas são muitos em relação às maiores paixões de qualquer um.

E com qualquer adversidade, saem às ruas com sua camisa quando tantos só a exibem quando ganham. Como a dizer, com orgulho, sou Botafogo. E daí?

E aí que em 2010 foram campeões cariocas. E meu filho, alvinegro por obra da tia, perguntou se haveria carreata. A do Flamengo, que perdeu a final, estava pronta. A do Loko Abreu não aconteceu.

Liguei pra um, chamei o Emerson, cadê o Décio, e o Niltinho, do Sindicato, em que comemoração se meteu?

Eram fiéis espalhados, devotos de Garrincha, Jairzinho e Nilton Santos a procura de quem erguesse o bastão e os conduzissem, juntos, mais do que a uma carreata. Mas de volta à glória mais do que merecida.

Ontem, um novo Moisés baixou no Engenhão em meio a um mar de alvinegros. Não precisou dividi-lo ao meio, bastou erguer uma bandeira e apontar um novo caminho.

Rumo à terra prometida.

Por José Roberto Padilha

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