Aos Mestres, com carinho

Neste sábado, dia 28/5, às 10h00 da manhã, nós, sessentões e setentões ex-atletas tricolores, que tivemos a honra e o privilégio de defender as cores que traduzem tradição, estaremos nos reunindo nas Laranjeiras.

Já é uma tradição, uma forma de não deixarmos que se perca algo tão raro em nossa profissão: o respeito, a solidariedade e a amizade.

Infelizmente, nem todos os clubes podem receber seus ídolos. O descaso, o ostracismo a que foram relegados, desamparados pela previdência social quando penduraram as chuteiras, fez com que aqueles, que mereciam amparo e reconhecimento, perambulassem por bares e botequins com o retratinho do seu time no bolso.



Na constrangedora tentativa de provar que um dia foram importantes na vida de alguém.

Tamanha injustiça levaram muitos aos AA, aos Caps, onde tentaram amenizar o que o álcool e as drogas fizeram com suas lembranças. Por lá, buscarão o equilíbrio, a autoestima de volta para sua reinserção social.

Felizmente, nossas gerações encontraram no Fluminense os maiores mestres e treinadores. Ex-atletas, como Telê Santana, Edmilson, Píndaro e Pinheiro, profissionais consagrados como Parreira, Paulo Amaral e Zagalo.

E homens íntegros como Roberto Alvarenga, Júlio Dutra, , Sebastião Araújo, Seu Haroldo, Argeu Afonso e Dona Babei.

Não haveria outro caminho a seguir, em respeito à todos eles, que não fosse a busca para nos tornarmos cidadãos corretos.

Nesse dia, o Fluminense FC terá o orgulho de exibir, a céu aberto, a sua maior sala de troféus. Que não é aquela composta por taças , faixas e retratos, mas emoldurada, ao vivo, por todos os seus guerreiros que foram a campo conquistá-los.

E carregam, com orgulho, pela família e seus novos ofícios, uma bagagem impregnada de ética, moral e disciplina.

Vamos comemorar, acima de tudo, o orgulho de ser tricolor.

Por José Roberto Padilha

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