Ali na Rua XV de Novembro



De acordo com pesquisa que fundamentou o tombamento deste imóvel pelo decreto 2.113 de 1997 a construção data de 1918.

Conforme consta no livro Capítulos de História de Paraíba do Sul, de Pedro Gomes da Silva foram os irmãos Pascoal e Alexandre Spino que fundaram a Cia. Industrial de Eletricidade - CIE - (sigla no frontispício do prédio), que aos poucos se incumbiu de iluminar várias localidades de Paraíba do Sul, inclusive o distrito de Entre Rios.

No final da década de 20, com a chegada da Empresa The Rio de Janeiro Tramway Light&Power à região, ela encampou algumas de suas pequenas usinas e tomou posse do prédio.

A fachada do imóvel que fica para a Rua 15 de Novembro é na verdade os fundos da construção. Sua face principal tem uma varanda voltada para a linha férrea.

Podemos entender que a construção de grande beleza, estilo art déco teve seu projeto arquitetônico com a fachada voltada para a linha, para ser apreciado pelos passageiros que transitavam pela ferrovia.

A atual rua XV de novembro conforme consta no mapa do distrito de Entre Rios, de 1886 recebeu o nome de Rua Campos Elysseos, tendo seu nome trocado para XV de novembro em data que não conseguimos ainda precisar.

Em junho de 1997, por solicitação do então Conselho Municipal de Cultura de Três Rios, o imóvel foi tombado pelo decreto 2.113.

Aparentemente íntegro em suas linhas originais, recebeu algumas descaracterizações em sua parte interna, antes de receber o decreto de tombamento.

Atualmente esse prédio que faz parte do patrimônio cultural da cidade, pertence a Light Serviços de Eletricidade S.A está sem manutenção e necessitando ser restaurado, estando inclusive com risco de desabamento na estrutura do interior.

O Conselho Municipal de Política Cultural- CMPC fez uma representação ao Ministério Público do Rio de Janeiro – MPRJ, em 2019 para que a Light tome providencias para restauração e preservação desse imóvel.

O CMPC órgão fiscalizador das políticas culturais do município solicitou ao MPRJ medidas protetivas para esse importante prédio integrante do nosso patrimônio histórico cultural que faz parte da memória e histórica do nosso município.

Assim desde então, o CMPC vem aguardando que as providências para salvaguarda do imóvel sejam tomadas.

Por Vera Alves 
Imagem: Acervo Casa da Cultura

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