Percentual de empresários do estado do RJ que esperam melhora em seus negócios no próximo trimestre sobe para 82,5%

A confiança dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio quanto a melhora em seus negócios no próximo trimestre voltou a crescer em outubro.

É o que revela a nova pesquisa da Fecomércio RJ com comerciantes do setor, realizada entre os dias 1º e 04 de outubro, com a participação de 400 empresários.

O levantamento aponta otimismo após retração em setembro, que interrompeu sequência de quatro altas consecutivas, iniciada em maio de 2021.

Com o crescente aumento no número de fluminenses vacinados com a primeira, segunda dose ou dose única, a expectativa sobre a retomada econômica melhorou e voltou a animar os empresários. Vale ressaltar, que nesse levantamento, as empresas de serviços foram protagonistas dos bons resultados.

Em relação às expectativas dos empresários para o último trimestre do ano, 82,5% afirmam que esperam que a situação de seus negócios melhore ou melhore muito, marcando evolução de 8,5% em relação a outubro de 2020.

Neste novo levantamento, apenas 11,8% dos entrevistados afirmam que a situação deve continuar igual. Outros 5,8% creem numa piora ou piora acentuada na situação de suas empresas.

A pesquisa aponta, ainda, que para 30,6% dos entrevistados a situação de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses, esse o melhor percentual dos últimos 12 meses.

Esse resultado impulsionou o índice de negócios na situação futura, que atingiu o valor recorde de 94,4 pontos percentuais.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, variação foi de 20,9 pontos, com destaque para o crescimento dos empresários cuja situação do negócio alcançou a estabilidade.

Ainda assim, para 32,3% dos empresários, houve piora ou muita piora na situação atual do negócio. Outros 37,3% acreditam que a situação do seu empreendimento permaneceu igual.

Quando questionados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio 45,9% dos empresários afirmaram demanda insuficiente, e outros 45,1% apontaram ser restrições financeiras.

Além disso, para 12,9% a falta de espaço e/ou equipamentos é um dos principais impeditivos e por fim, a falta de mão de obra é apontada por 8,2% dos entrevistados.


Demanda por bens e serviços

O número de empresários que afirmam que diminuiu ou diminuiu muito a demanda pelos serviços e bens de suas empresas nos últimos três meses apresentou queda em outubro, contribuindo para que o índice de comportamento da demanda crescesse 10,3 pontos percentuais em relação mesmo mês do ano anterior.

O índice de demanda atingiu marca recorde de 89 pontos, maior valor da série. Esse não é o único indicador a atingir o valor máximo em outubro: todos os índices da situação presente encontram-se no maior patamar desde o início da pesquisa.

Sobre as expectativas para as demandas no próximo trimestre, 68,5% dos empresários esperam que haja algum tipo de aumento, revelando expectativas positivas.

Apenas para 9,6% dos respondentes, haverá diminuição ou diminuição acentuada na busca por produtos e serviços de suas empresas.


Empregos

Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, 17,5% afirmam que diminuiu bastante e outros 18,5% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma. Além disso, apenas 4,8% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações.

A estabilidade no número de empregados relatada foi suficiente para levar o índice de emprego ao maior patamar da série, mas com crescimento abaixo dos demais índices.

Neste mês, 55,8% afirmam que esperam manter o número de colaboradores pelos próximos três meses, marcando a estabilidade das expectativas. O percentual de empresários que devem demitir está em 16,3%.

Outros 28,1% de entrevistados devem aumentar de alguma forma seu quadro de funcionários nos próximos meses. Assim como na situação presente, o índice de emprego foi o que apresentou menos crescimento na situação futura.


Preço dos fornecedores e estoques

De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores se mantiveram em patamares altos: 90,8% perceberam alguma elevação desses custos – a percepção está adequada com o índice de preços para região metropolitana do Rio de Janeiro, que registra aumento de 8,09% em 12 meses.

Além disso, para o IFec RJ, essa percepção no aumento dos preços, por parte dos fornecedores, já pode indicar um reflexo de altas nos custos devido valor dos combustíveis e também da energia elétrica.

Em relação ao abastecimento dos estoques, no último trimestre 38,3% dos empresários afirmaram que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, reforçando a melhora na situação presente.

Para 50,7%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, e apenas 11,1% ficaram com estoque acima do planejado.


Inadimplência

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas é de 26% nesta sondagem. O número de empresários que não ficaram com restrições apresentou alta, atingindo 53,5%, é a primeira vez, em 12 meses, que o percentual ultrapassa os 50%.

Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a aluguel (35,4%), fornecedor (30,3%), tributos federais (30,3%), bancos comerciais (27%), luz (24,7%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (19,1%) e telefone celular e fixo (18%).


Sobre a Fecomércio RJ

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do estado.

O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado do Rio de Janeiro.

Além disso, a Fecomércio RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).

Assessoria de Imprensa Fecomércio RJfull-width

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