
Caminhos para a Paz
A noite sombria descortina-se e duela com a luz do dia.
No turbilhão caótico de frisson fugaz,
acostumados a tudo querer, a falar e a interpretar rápido demais
é cada vez mais difícil encontrar-se com a paz
e com quem faça bom uso dos ouvidos e de todos os sentidos.
A vida é uma maçã mordida nos ensinando que não somos tão pequenos, nem gigantes,
somos caminhantes feitos de instantes.
Somos chama, vela e pavio
num universo que é um estampido do espaço vazio.
Por entre as pedras às vezes surgem as mais belas flores,
e até mesmo as dores nos ensinam a procurar a paz.
Apenas o amor e a paz certos nós desfaz.
A humanidade é um imenso submarino num porta retrato.
Fundamento temporal. Futuro, presente e passado.
Às vezes me perco e me acho entre os altos e baixos.
Existem caminhos, não atalhos.
Descortino-me. Desconstruo. Padeço. Liquefaço.
Refaço. Renasço. Transito. Passo...
Não sou de ferro, muito menos de aço.
Abro-me nos braços de um mundo aprendiz
e reaprendo o significado da palavra raiz,
verdadeira origem da paz.
Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.
Imagem: Michel Kwan – Pixabay
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