Xangô


A justiça divina passa pelas energias de Xangô.

No sincretismo, Xangô é São Jerônimo, homenageado do dia 30 de setembro.

São João Batista e São Pedro, também estão associados à Xangô. Estes são homenageados no mês de junho, nos dias 24 e 29, respectivamente Invocado para as demandas judiciais, o orixá Xangô, popularmente conhecido como o orixá da justiça, tem o marrom como a sua cor, na umbanda.

O seu dia da semana é a quarta-feira. O mesmo dia de Iansã.

Na natureza, as pedreiras são o ambiente de Xangô, mas não só, uma vez que a sua energia vibracional também se faz presente no mesmo ambiente de atuação da energia de Iansã.

Para facilitar o entendimento desta parceria, que favorece o compartilhamento do mesmo dia da semana, basta lembrarmos que Xangô é o orixá dos trovões e Iansã, a senhora dos ventos, é o orixá dos raios. Logo, fica fácil compreender esta união que gera uma extrema força, pois os raios e trovões atuam no mesmo cenário o qual natureza também se manifesta - a tempestade.

Considerando a doutrina religiosa, seja de matriz africana ou não, e que Obatalá, Deus no sincretismo, é a justiça maior, Pai de todos, é preciso que os devotos de Xangô tenham em mente que, em se tratando de justiça, Xangô atua em sintonia com o Pai Supremo cujo o seu papel é ensinar, nunca priorizar filhos, logo age com rigorosa justiça. Diferente dos pais humanos que tendem agir com o coração.

Dada a importância da verdade e da justiça, na espiritualidade, há um ditado popular que alerta: "a justiça divina tarda, mas não falha."

A justiça divina, quando se faz necessária, e é fato que a sua necessidade
na terra é permanente, tem como finalidade promover ensinamentos para que "o certo", como fonte de crescimento do espírito, seja praticado de maneira irrestrita.

Deixando à parte a importante e indispensável justiça da terra, justiça esta que nem sempre atende ao desejo de justiça do indivíduo autor de algum processo, quando Xangô é invocado para atuar não podemos esquecer que o orixá pertence ao universo divino, consequentemente as suas energias não estão, por natureza, voltadas, exclusivamente, para as questões materiais.

Logo, em todo o processo judicial há uma carga cármica muito forte de ambas as partes - inclusive dos que julgam - voltada para o âmbito do aprendizado.

Do resgate do processo de crescimento e da solução das pendências espirituais podendo, a sentença, não atender ou atender parcialmente a expectativa material e emocional, pois nos trâmites da justiça suprema estão sempre contidos preceitos para os espíritos envolvidos.

Os filhos de cabeça do orixá Xangô são, em geral, pessoas mais sérias, meticulosas e exigentes, especialmente no ambiente profissional. E, claro, nas suas relações, extremamente cuidadosos para não serem injustos com ninguém.

Se todo o ser humano agisse de forma 100% correta. Se a honestidade humana fosse um valor irretocável, praticada incondicionalmente, em qualquer circunstância - nas questões materiais ou afetivas - não precisaríamos da justiça. Não haveria injustiça na Terra. Não haveria tanto sofrimento na humanidade.

Ninguém experimentaria as derrotas morais e financeiras. Sequer viveria sob o cárcere das perturbações e nem do arrependimentos quando, enfim, sua sentença divina começasse a ser cumprida. Pois esta poderia ser de paz pelo dever espiritual bem executado.

Por Graça Leal

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